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Se a água fluir a sete quilômetros por hora, o sistema produz 250 watts, quantidade suficiente para carregar um laptop

A tecnologia de geração da energia hidrelétrica existe há mais de 100 anos e além de ajudar no desenvolvimento de países que possuem o recurso natural da água em abundância, também é a forma mais utilizada de energia renovável em todo o mundo. Contudo, a hidroeletricidade geralmente se aplica na forma de enormes instalações, construídas em torno das barragens. Apesar de classificada como “limpa”, essa fonte de energia também cobra seu preço ambiental, pois alaga áreas vizinhas à construção da usina, a decomposição da flora submersa promove emissões de CO2, ocorre aumento do nível e em alguns casos mudança no curso dos rios, em prejuízo à fauna e a flora, assim como afetando comunidades que habitam as proximidades dessas regiões.

Atenta a tudo isso a companhia japonesa Ibasei desenvolveu um pequeno gerador de energia hidrelétrica que pode ser utilizado em córregos e rios sem todos esses efeitos danosos ao meio. Para usar, basta posicionar o equipamento em água corrente que Cappa, como é chamado o gerador, usa uma caixa especial chamada de difusor, que utiliza uma tecnologia especial no aumento da taxa de fluxo da água através da turbina, que consegue extrair a energia. Essa energia gira a turbina e é convertida em energia elétrica por um gerador. Em seguida, um controlador e uma bateria disponibilizam 100 volts de eletricidade entre 50/60 Hertz que pode ser usada em casa.

Com uma fluência da água a sete quilômetros por hora, o sistema é capaz de produzir até 250 watts, quantidade de energia suficiente para carregar um laptop. Se não é capaz de abastecer toda a casa, algumas funções essenciais como luminárias, sua internet ou mesmo os computadores poderão manter-se ligados durante um apagão. Cinco desses geradores podem fornecer, simultaneamente dispostos, cerca de 1kW, de modo que o sistema possa ser usado como uma fonte alternativa de energia em caráter de emergência em substituição a geradores a diesel, por exemplo.

Como esse sistema se baseia na corrente natural do canal, a sua disponibilidade (tempo em uso) é de 100% e a própria máquina 100% reciclável. Seu conceito se orienta a uma fonte de energia para consumo local, sem a visão de revenda de eletricidade, mas sim seu armazenamento, uma estação de carregamento que possa ajudar a revitalizar comunidades e abastecer as iluminações ou utilidades aplicáveis, como atrações turísticas, por exemplo.

A Ibasei está em fase de testes e pretende lançar o gerador ainda em 2013. Como o tamanho de cada palheta depende da profundidade, largura e velocidade do rio, a companhia estuda as segmentações possíveis aos diversos tipos de rios e respectivas quantidades de energia potencial disponível e assim montar configurações de sistemas para atender as diferentes necessidades de seus futuros clientes.

Estima-se que este modelo, de 250 watts, tenha preço equivalente ao de um carro compacto no Japão. Ainda é um valor considerado caro, mas se a ideia der  certo e for bem aceita pelo mercado, a tendência dos preços será baixar e o produto poderá ser comercializado para uma maior quantidade de usuários.

Veja abaixo o vídeo explicativo sobre o gerador.


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