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Em sua fala no início da Cúpula de Ação Climática da ONU, ativista sueca de 16 anos não poupou críticas aos líderes mundiais

Falando no início da Cúpula de Ação Climática das Nações Unidas nesta segunda-feira (23), em Nova York, a aclamada ativista Greta Thunberg, de 16 anos, não poupou críticas aos líderes mundiais, dizendo que eles não estão sendo capazes de ver a realidade como ela é no que se refere às mudanças do clima.

Ela acrescentou, sem rodeios: “vocês estão falhando conosco, mas os jovens estão começando a entender sua traição”. “Os olhos de todas as gerações futuras estão em vocês, e se vocês escolherem falhar, eu digo que nunca os perdoaremos.”

Thunberg falava diretamente a dezenas de chefes de Estado e de governo, líderes empresariais e representantes da sociedade civil de todo o mundo, que se reúnem no evento de um dia na sede da ONU com o objetivo de prometer medidas de longo alcance para combater as mudanças climáticas. Leia o discurso na íntegra.

A preparação para a cúpula incluiu o mais recente relatório científico sobre o aquecimento global potencialmente catastrófico, protestos sem precedentes para a ação climática e uma onda constante de pressão do secretário-geral da ONU, que exigiu que os líderes mundiais viajassem a Nova Iorque com “mais ousadia para ação e muito maior ambição”.

Ao iniciar a cúpula, António Guterres acrescentou: “já conversamos bastante. Esta não é uma cúpula de negociação climática. Não dá para negociar com a natureza. Esta é uma cúpula de ação climática.”

secretário-geral da ONU reiterou a urgência e a importância da situação, descrevendo as mudanças climáticas provocadas pelo ser humano como uma ameaça existencial e alertando que, “se não mudarmos urgentemente nosso modo de vida, comprometeremos a própria vida”. Ele insistiu estar esperançoso de que esse enorme desafio global será superado.

O fato de tantos governos, cidades e empresas terem participado da Cúpula com compromissos climáticos aprimorados foi um testemunho, disse o secretário-geral, de sua liderança e investimento em um futuro verde. E as soluções e a tecnologia já existem, acrescentou ele, para lidar com mais de 70% das emissões atuais.

No entanto, essas soluções precisam ser implementadas, e isso exige “transformações fundamentais em todos os aspectos da sociedade”, especialmente na forma com a qual cultivamos os alimentos, utilizamos a terra, impulsionamos nosso transporte e nossas economias. O chefe da ONU solicitou o fim dos subsídios aos combustíveis fósseis e que os países transfiram os impostos aplicados no consumo e nos salários para as emissões de carbono.

Para além do Acordo de Paris

Durante o dia, os delegados explicaram o que estavam fazendo para se adaptar melhor às mudanças climáticas e reduzir as emissões e melhorar os compromissos que todos assumiram no âmbito do acordo climático de Paris, em 2015.

O presidente do Chile, Sebastián Piñera, anunciou a criação de uma “Aliança de Ambição Climática”, reunindo países comprometidos com ações aprimoradas até 2020 e que trabalhem para alcançar zero emissões líquidas de dióxido de carbono até 2050. Este último grupo compreende 65 países, 10 regiões, 102 cidades, 93 empresas e 12 investidores.

Para afastar o mundo de sua atual dependência de combustíveis fósseis, a Aliança para o Abandono do Carvão foi expandida para incluir 30 países, 22 Estados ou regiões e 31 empresas comprometidas em detectar a construção de novas usinas de carvão em 2020 e rapidamente realizar a transição dessas unidades para a energia renovável.

Confira o discurso de Greta na íntegra:


Fonte: ONU Brasil

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