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Desvalorização de commodities acontece no mundo todo e diminui incentivo à prática

A economia global está em crise. O ano de 2015 foi conturbado para muitos países por diversos motivos, entre eles a queda no preço das commodities impulsionada pela desaceleração da economia chinesa. O impacto foi severo em diversos setores da sociedade e influenciou até a reciclagem.

Com a queda no preço do petróleo, o plástico, um de seus derivados, passou a não valer tanto quanto valeu um dia para os estado-unidenses e britânicos, segundo o Wall Street Journal. Como o plástico é feito a partir do petróleo, a desvalorização da commodity tornou mais barata a produção de novos produtos plástico do que a reciclagem de antigos. O mesmo raciocínio está impulsionando a produção de garrafas PET em vez de sua reciclagem.

No Brasil, o cenário é um pouco diferente. O produto mais afetado é o papel, que teve a maior queda de preço com a crise. Em entrevista à BBC Brasil, Donizette de Oliveira, diretor comercial da CooperYara, diz que o comércio de reciclagem é dominado por poucas empresas que podem diminuir o preço a qualquer momento, o que explica o desinteresse dos catadores de lixo no material. Nos Estados Unidos as empresas possuem contratos com municipalidades que vinculam o valor da venda do material ao preço das commodities. No Reino Unido, a EcoPlastics, que já foi uma das maiores no setor, entrou em recuperação judicial e teve que ser salva pelos investidores alemães da Aurelius Group. Em algumas situações, como em Chattanooga, cidade americana do estado de Tennessee, o custo de descartar recicláveis em aterros é mais barato que a reciclagem. 

Os casos de EUA e Europa também são mais complicados que os preços das commodities. As políticas dos governos de incentivo à reciclagem levaram as empresas a usarem mais materiais reciclados, fazendo com que o número de usinas de reciclagem se multiplicasse pelos países. Só que agora demanda pelo material encolheu, e as usinas operam longe da capacidade total.

Outro produto também em queda no Brasil foi o alumínio, cujo preço foi de R$ 3,00 em maio de 2008 para R$ 1,70 em maio deste ano. Vale lembrar que o Brasil é um dos grandes recicladores de alumínio no mundo. Feito possível graças ao trabalho dos muitos catadores de lixo no país, no entanto, a queda no preço do material o torna menos apelativo para os catadores.

Ao contrário dos cenário nos Estados Unidos e no Reino Unido, os plásticos foram os recicláveis que sentiram menos impacto com a crise no Brasil. Segundo a BBC, isso se daria devido ao grande número de compradores pequenos, fator que permite que os catadores e cooperativas tenham um poder maior de barganha.

Fonte: Wall Street JournalBBC Brasil

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