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A região é conhecida como Mosaico do Jalapão e abrange unidades de conservação na Bahia e no Tocantins

Com quase três milhões de hectares, a região do Jalapão se tornou a maior área protegida do Cerrado, abrangendo unidades de conservação na Bahia e no Tocantins reconhecido como Mosaico do Jalapão. “O Cerrado tem uma biodiversidade enorme e quando essas unidades [de conservação] se juntam, elas se fortalecem”, disse a analista ambiental do MMA, Rosângela Nicolau. A portaria do Ministério do Meio Ambiente (MMA) com o reconhecimento foi publicada em 30 de setembro no Diário Oficial da União.

Rosângela explicou que, além da conservação da biodiversidade, a forma de gestão do mosaico vai ajudar na valorização da comunidade local e no desenvolvimento sustentável. Exemplo disso, é o manejo sustentável do capim-dourado já feito na região, a planta é colhida apenas pela população local e usada como matéria-prima para o artesanato tradicional. O extrativismo e o artesanato representam importantes alternativas de renda das comunidades da região.

“Com o mosaico é possível otimizar os recursos de fiscalização e também educação ambiental, que nem sempre uma unidade consegue fazer sozinha”, disse Rosângela, explicando que o mosaico é um instrumento para a gestão integrada e participativa, que amplia as ações de proteção para o conjunto das unidades.

Segunda a analista ambiental, no Jalapão existe muita pressão do agronegócio – para expansão da fronteira agrícola – e das atividades de ecoturismo que, se não forem feitas da forma correta, acabam degradando os locais de visitação.

Rosângela explicou que cada unidade de conservação continuará tendo seu próprio conselho e sua equipe de gestão, mas que a portaria do MMA cria um conselho consultivo, presidido por um dos chefes das unidades. Cabe a esse conselho propor diretrizes e ações sobre as atividades desenvolvidas pela população residente em cada uma dessa unidades do mosaico.

Mosaico

O mosaico abrange unidades próximas, justas ou sobrepostas, pertencentes a diferentes esferas de governo ou de gestão particular. No caso do Jalapão, três unidades de conservação são geridas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio): Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba; Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins; e Área de Proteção Ambiental Serra da Tabatinga.

Duas unidades estão sob gestão do Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (INEMA): Estação Ecológica do Rio Preto; e Área de Proteção Ambiental do Rio Preto.

O Instituto Natureza de Tocantins (Naturatins) é responsável pelo Parque Estadual do Jalapão e pela Área de Proteção Ambiental do Jalapão.

Existe ainda uma unidade do município de São Félix do Tocantins, o Monumento Natural dos Canyons e Corredeiras do Rio Sono; e outra sob gestão privada, que é a Reserva Particular do Patrimônio Natural Catedral do Jalapão.

A região do Jalapão abriga as nascentes de afluentes de três importantes bacias hidrográficas brasileiras: Tocantins, Parnaíba e São Francisco. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, a presença de animais ameaçados de extinção, como o pato mergulhão (Mergus octosetaceus), desperta o interesse de cientistas de várias partes do mundo.

Com o Jalapão, o Brasil passa a ter 15 mosaicos reconhecidos oficialmente. Segundo Rosângela Nicolau, existem várias propostas verbais para criação de outros e alterações de mosaicos já existentes. Entretanto, oficialmente, está em andamento apenas a criação do Mosaico da Calha Norte do Rio Amazonas.



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