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“Temos que enfrentar tudo hoje, ou vamos ficar mais dez anos falando dos problemas”, disse a ministra

Imagem: Flickr / CC0

As discussões na 21ª Conferência do Clima das Nações Unidas (COP21), que ocorre de 30 de novembro a 11 de dezembro, em Paris, serão voltadas para encontrar soluções para fazer a transição para uma economia de baixo carbono, e não mais por problemas climáticos e cartas de intenção e compromissos.

A afirmação é da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, que participou, no dia 3 de novembro, da abertura oficial da Semana do Clima União Europeia-Brasil: Clima – Somos todos responsáveis. O evento, que teve lugar no Planetário do Rio de Janeiro, na Gávea, zona sul da cidade, prossegue no dia 6 do mesmo mês.

Na mesa de abertura, a ministra afirmou que os diálogos entre Brasil e União Europeia apontam para uma negociação bem-sucedida em Paris, quando se espera que seja firmado um novo acordo global para mitigar as mudanças climáticas e evitar o aquecimento global.

“Sabemos a importância do avanço das discussões em Paris. Tem muita coisa em jogo. [A conferência de] Paris é uma ambição para um novo rumo de desenvolvimento no mundo, formando por uma discussão de desenvolvimento sustentável do planeta. Estamos falando de desenvolvimento econômico, criação de emprego, sustentabilidade. Tudo isso está em Paris”.

De acordo com Izabella, o Brasil tem uma agenda bilateral com a União Europeia na área ambiental e o país já caminha na direção da economia de baixo carbono. “É uma agenda robusta, baseada cada vez mais nos resultados, ninguém mais negocia com cartas de intenção. Ou entrega resultado ou não entrega resultado. Temos que enfrentar tudo hoje, ou vamos ficar mais dez anos falando dos problemas. O Brasil apresentou metas respeitando a convenção do clima, e assumindo que faremos a transição para a economia de baixo carbono”.

A ministra cobrou que os estados brasileiros se comprometam com a transparência nos dados sobre desmatamento. Ela adiantou que o Brasil vai anunciar em Paris um projeto para acabar com o desmatamento ilegal em Mato Grosso e no Acre até 2020. Se der certo, o modelo será ampliado para todo o Brasil. Segundo Izabella, também serão anunciados em breve os dados sobre o desmatamento no cerrado, bioma que está sendo debatido há seis anos e é atualmente a principal fronteira agrícola do país.

O comissário da União Europeia para Energia e Clima, Miguel Arias Cañete, afirmou que o Brasil tem metas ambiciosas para a COP21 e um papel importante de liderança na área ambiental global. Segundo ele, a União Europeia trabalha para que saia de Paris um acordo que aponte avanços para além do Protocolo de Kioto.

“Estamos finalizando os preparativos para fechar um novo acordo do clima em Paris. A União Europeia está trabalhando para avançar no acordo, mas não queremos assinar qualquer acordo, queremos um que se resuma em três pontos: corte de 50% nas emissões até 2050; que os países se preparem para implementar as metas que já apresentaram; e saber como os planos nacionais de mitigação das mudanças climáticas serão implementados”.

Durante os oito dias da Semana do Clima no Planetário, 20 organizações do Brasil e da Europa expõe boas práticas para serem incorporadas pelos cidadãos e comunidades, sociedade civil e administração pública, com debates sobre uso racional da água e energia, manejo dos resíduos sólidos, uso da terra, urbanismo, mobilidade urbana, segurança e clima.

Otimista com as discussões que poderão feitas em Paris, a ministra Izabella brincou com a paixão nacional. “Se não ganhamos a copa, ganharemos a COP do clima”, disse, depois de lembrar que o Brasil será homenageado na COP 21 por ter desenvolvido métricas e métodos para a compensação do carbono e ter conseguido neutralizar as emissões da Copa do Mundo de 2014.

Fonte: Agência Brasil

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