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Entre as descobertas mais notáveis estão os 127 táxons de plantas endêmicas, 45 vertebrados (incluindo anfíbios, répteis, aves e mamíferos) e 45 espécies de invertebrados, como borboletas e caranguejos de água doce

Um estudo publicado recentemente na Nature revela descobertas emocionantes na Ecorregião do Arquipélago Montano da África do Sudeste (Seama). Esta região, que se destaca por sua diversidade única de espécies, recentemente atraiu a atenção de cerca de 100 especialistas.

A Seama, caracterizada por 30 inselbergs graníticos (afloramentos rochosos em forma de domo) que se elevam acima dos 1000 metros acima do nível do mar, abriga ecossistemas que vão desde florestas tropicais de altitude média até pastagens montanhosas. Entre as descobertas mais notáveis estão os 127 táxons de plantas endêmicas, 45 vertebrados (incluindo anfíbios, répteis, aves e mamíferos) e 45 espécies de invertebrados, como borboletas e caranguejos de água doce.

Um dos pontos destacados no estudo é a presença de um subcentro botânico distinto de endemismo na Seama, reconhecido como parte do Centro de Endemismo semelhante ao arquipélago Afromontano em toda a África. Locais emblemáticos como os Montes Mulanje, Zomba, Namuli, Mabu, Chiperone e Ribáuè surgiram como destinos fundamentais para estudos botânicos mais aprofundados, revelando 117 espécies estritamente endêmicas.

Apesar da riqueza de vida encontrada na Seama, o estudo revela um cenário preocupante de degradação ambiental. Desde o ano 2000, a região perdeu alarmantes 18% de sua cobertura florestal primária, com algumas localidades chegando a 43%. Essa taxa de desflorestamento coloca a Seama entre as áreas mais ameaçadas de África.

A perda de habitat representa uma ameaça significativa para muitas espécies endêmicas, incluindo mamíferos, pássaros, répteis, anfíbios e borboletas. Dos mamíferos identificados, quatro espécies são estritamente endêmicas e todas dependem da floresta para sobreviver. No entanto, duas dessas espécies já estão listadas como ameaçadas pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), e a perda contínua de habitat pode aumentar ainda mais o risco de extinção.

Apesar dos desafios enfrentados, os cientistas estão otimistas sobre o futuro da Seama. A identificação de áreas-chave de endemismo e a conscientização sobre a importância dessa região para a biodiversidade global são passos fundamentais para a conservação a longo prazo.

No entanto, é importante que sejam tomadas medidas imediatas para proteger e restaurar esses ecossistemas. Isso inclui a implementação de políticas de conservação eficazes, o envolvimento das comunidades locais na gestão sustentável dos recursos naturais e o apoio à pesquisa contínua para entender e mitigar os impactos das atividades humanas sobre a região.


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