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Confira os dados na tabela e no mapa de regeneração

Imagem: Wikimedia Commons

A Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgaram avaliação inédita da regeneração da Mata Atlântica. O Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, que monitora a distribuição espacial do bioma, identificou a regeneração de 219.735 hectares (ha), ou o equivalente a 2.197 km², entre 1985 e 2015, em nove dos 17 estados do bioma. A área corresponde a aproximadamente o tamanho da cidade de São Paulo.

Segundo os dados do Atlas, Paraná foi o estado que apresentou mais áreas regeneradas no período avaliado, num total de 75.612 ha, seguido de Minas Gerais (59.850 ha), Santa Catarina (24.964 ha), São Paulo (23.021 ha) e Mato Grosso do Sul (19.117 ha).

UF Área UF Lei Mata Atlântica % Bioma Mata 2015 % Mata Regeneração 1985-2015
ES 4.609.503 4.609.503 100% 483.158 10,5 2.177
GO 34.011.087 1.190.184 3% 29.769 2,5% 196
MG 58.651.979 27.622.623 47% 2.841.728 10.3% 59.850
MS 35.714.473 6.386.441 18% 707.136 11,1% 19.117
PR 19.930.768 19.637.895 99% 2.295.746 11,7% 75.612
RJ 4.377.783 4.377.783 100% 820.237 18,7% 4.092
RS 26.876.641 13.857.127 52% 1.093.843 7,9% 10.706
SC 9.573.612 9.573.618 100% 2.212.225 23,1% 24.964
SP 24.822624 17.072.755 69% 2.334.876 13,7% 23.021






219.735

O estudo analisa principalmente a regeneração sobre formações florestais que se apresentam em estágio inicial de vegetação nativa, ou áreas utilizadas anteriormente para pastagem e que hoje estão em estágio avançado de regeneração. Tal processo se deve tanto a causas naturais, quanto induzidas por meio do plantio de mudas de árvores nativas.

Nos últimos 30 anos, houve uma redução de 83% do desmatamento do bioma. De acordo com Marcia Hirota, diretora-executiva da Fundação SOS Mata Atlântica, sete dos 17 estados da Mata Atlântica já apresentam nível de desmatamento zero: “Agora, o desafio é recuperar e restaurar as florestas nativas que perdemos. Embora o levantamento atual não assinale as causas da regeneração, ou seja, se ocorreu de forma natural ou decorre de iniciativas de restauração florestal, é um bom indicativo de que estamos no caminho certo”, observa Marcia.

Ao longo da história, a ONG foi responsável pelo plantio de 36 milhões de mudas de árvores nativas espalhadas pelo país, especialmente nas áreas de preservação permanente, no entorno de nascentes e margem de rios produtores de água, além de restaurar uma área em Itu, uma antiga fazenda de café, que hoje é destinada para atividades relacionadas a questões de conservação dos recursos naturais e restauração florestal.

“Durante o monitoramento, constatou-se a existência de outras áreas ocupadas por comunidades de porte florestal em diversos estágios intermediários de regeneração, áreas essas que devem ser mapeadas e divulgadas em futuros estudos”, esclare Flávio Jorge Ponzoni, pesquisador e coordenador técnico do estudo pelo INPE.

Este estudo foi realizado com o patrocínio de Bradesco Cartões e execução técnica da empresa de geotecnologia Arcplan. A análise se baseia em imagens geradas pelo sensor OLI a bordo do satélite Landsat 8. O Atlas utiliza a tecnologia de sensoriamento remoto e de geoprocessamento para monitorar remanescentes florestais acima de 3 ha.

Confira mapas das áreas regeneradas:
Mapas das áreas regeneradas


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