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Pesquisadoras explicam o economês de forma simples e buscam estimular mais participação feminina no assunto

Imagem de Markus Spiske no Unsplash

Elas integram um grupo de pesquisa da USP que estuda como a diferença de gênero afeta a sociedade, principalmente em relação à baixa participação de mulheres na economia, desde a carreira acadêmica ao mercado de trabalho. As EconomistAs querem contribuir para ter mais mulheres na área da economia e mais oportunidades de trabalho. Além das pesquisas e eventos que realizam, elas lançaram, em julho, um podcast para falar deste assunto de forma descomplicada, trazendo mulheres economistas e seus convidados para debates.

A apresentação é das professoras Paula Pereda, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP, em São Paulo, e Laura Karpuska, da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Segundo Pereda, a proposta é “incentivar as mulheres a falarem, interessarem-se por questões econômicas e a perceberem que economia também é coisa de mulher.”

A professora da USP destaca que, muitas vezes, o debate público é dominado pelos homens, e que as pautas e políticas públicas levadas à discussão pelas mulheres acabam focando, preponderantemente, as necessidades de gênero e família. “A ideia de criar um podcast é o de reconhecer mais a voz de mulheres economistas.”

Os novos episódios de podcasts vão ao ar quinzenalmente. No primeiro episódio, a convidada foi Ana Carla Abrão, consultora da Oliver Wyman que elaborou junto com um grupo de especialistas o plano de reabertura gradual do Estado de São Paulo, o chamado Plano São Paulo. A economista explicou como a estratégia foi desenvolvida e até que ponto a pandemia escancara desigualdades sociais e de gênero. O podcast das EconomistAs pode ser acessado aqui.

Em um segundo episódio especial, Paula Pereda trocou de lugar, de entrevistadora para entrevistada, e abordou aspectos sobre a violência doméstica que teve um crescimento durante a quarentena.

Para episódios futuros do podcast, pode-se esperar mulheres tratando de questões relevantes como diferença salarial, o papel das mulheres na política, e polarização e seu impacto em políticas públicas. As pesquisadoras também pretendem trazer convidados homens para conversar sobre questões de gênero e família.

A professora Paula Pereda chama atenção para o fato de que existe, no campo das ciências econômicas, uma enorme “sub-representação” do gênero feminino. Tal disparidade, segundo ela, pode advir da falta de role models (mulheres que inspiram o aparecimento de novos profissionais) e de uma visão estereotipada de que a economia é dominada por homens e focada no mercado financeiro/bancário, além da própria discriminação de gênero.

O grupo EconomistAs – Brazilian Women in Economics (BWE) surgiu em 2017 por iniciativa das pesquisadoras e professores da FEA Maria Dolores Montoya Diaz, Fabiana Fontes Rocha e Paula Pereda. O foco do grupo é estudar as dimensões de diferenças de gênero no Brasil e promover a participação de mulheres na área.



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