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Startup norte-americana Intropic Materials lança tecnologia que promete acelerar degradação de plástico compostável em usinas e facilitar compostagem doméstica

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A maior parte das alternativas de plástico “compostável” disponíveis hoje não se degrada com tanta facilidade nas composteiras domésticas – e o processo pode demorar tanto nas raras instalações de compostagem industrial que muitas delas rejeitam os plásticos compostáveis.

Por isso, é comum que itens vendidos como plásticos compostáveis –  como copos, talheres e embalagens – vão parar em aterros sanitários, onde demoram tanto tempo para se decompor quanto os plásticos comuns. E, se seu destino final forem as usinas de reciclagem, os plásticos “compostáveis” podem acabar contaminando os materiais recicláveis, prejudicando o processo. 

A solução encontrada pelos cientistas da startup Intropic Materials, nos Estados Unidos, foi desenvolver um material plástico que se decompõe de uma maneira única, tornando a compostagem doméstica viável. 

Ao portal Fast Company, Aaron Hall, CEO da Intropic Materials e ex-aluno da Universidade da Califórnia, explicou o processo. “Estamos, na verdade, degradando esses materiais de dentro para fora, em vez do que normalmente acontece em uma instalação de compostagem, que é a degradação do produto de fora para dentro”, diz. Na startup, ele utiliza a tecnologia que desenvolveu durante seu doutorado na universidade. 

Como funciona o processo?

Normalmente, os microrganismos utilizam enzimas para degradar lentamente o plástico biodegradável. De acordo com Hall, o método tradicional é “como pegar uma tesoura e cortar espaguete: você está apenas cortando macarrão aleatoriamente e produzindo pedaços aleatórios”, diz Hall. 

A novidade do processo desenvolvido pela Intropic Materials é que, nesse caso, as enzimas são incorporadas ao próprio plástico. Quando o material está pronto para ser descartado, com a combinação certa de calor e água, essas enzimas são ativadas. 

Uma vez “presas” dentro do plástico, as enzimas aderem ao material e começam a romper as cadeias de polímero uma por uma, fragmentando-as em pequenas moléculas que os microrganismos podem, finalmente, degradar com mais facilidade.

O material pode se degradar em dias ou semanas, dependendo do tipo de plástico e da temperatura do composto, de acordo com um estudo publicado na revista científica Nature

Outros plásticos biodegradáveis ​​podem levar meses para se degradar em uma instalação industrial. A velocidade do novo processo possibilita que as instalações de compostagem fiquem mais dispostas a aceitar esses materiais.

Como o material também pode ser compostado em casa, é mais provável que seja, de fato, compostado e não jogado fora. Além disso, como também se decompõe em monômeros, que consistem em simples blocos de plástico, ele ainda pode ser reciclado, em vez de compostado. 

Hall acredita que refeitórios, estádios ou outras grandes instalações possam eventualmente ter um sistema local para degradar o novo plástico compostável e enviar os monômeros de volta para serem reciclados.

Segundo Hall, as marcas estão em busca de soluções como essa, mas a maioria delas não tem os recursos necessários para desenvolver pesquisas científicas e projetos de inovação que proponham alternativas viáveis. E é aí que entra a Intropic Materials.

Depois de demonstrar que o plástico pode ser compostado em condições de laboratório, a próxima etapa será validar o desempenho no mundo real. A empresa também trabalhará para otimizar o plástico para as necessidades dos futuros clientes. Ela planeja começar com alternativas aos plásticos que normalmente não podem ser reciclados, como filmes e sacolas plásticas. 


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