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s dados fazem parte de um levantamento que o MapBiomas apresentou em webinar com o WRI Brasil no Dia Nacional da Caatinga, celebrado em 28 de abril. O objetivo era destacar as conexões entre o uso da terra e o desenvolvimento sustentável da região

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Por Mapbiomas Brasil | O levantamento derivado do Sistema de Alertas de Desmatamento – SAD Caatinga, parte integrante do MapBiomas Alerta, feito a partir de imagens de satélite, mostra que o desmatamento continua avançando sobre a Caatinga: foram 115.894 hectares em 2021 contra de 68.304 hectares em 2020 – um aumento de 70% em apenas um ano. Desse total, 80,7% foram desmatados em apenas quatro dos nove estados do bioma: Bahia, Ceará, Pernambuco e Piauí. 

Os dados fazem parte de um levantamento que o MapBiomas apresentou em webinar com o WRI Brasil no Dia Nacional da Caatinga, celebrado em 28 de abril. O objetivo era destacar as conexões entre o uso da terra e o desenvolvimento sustentável da região.

“Além da concentração do desmatamento em quatro dos nove estados do bioma, é possível constatar que, em todos eles, a maior parte do desmatamento se dá em poucos municípios. No caso de Sergipe, Minas Gerais e Piauí e, por exemplo, cinco municípios responderam por 65,7%, 43,3% e 37,1% da área desmatada nesses estados, respectivamente”, explica Washington Rocha, coordenador do mapeamento da Caatinga do MapBiomas.  “Esses dados certamente podem ajudar os governos a fiscalizar a legalidade dessa supressão de vegetação natural”, completa.

“O bioma Caatinga é um dos mais vulneráveis às mudanças climáticas no Brasil, e o avanço da degradação nesse ecossistema preocupa”, ressalta Jeferson Ferreira-Ferreira, Coordenador de Ciência de Dados do WRI Brasil. “Porém há uma enorme oportunidade de desenvolvimento sustentável na reversão desse quadro. Nossa experiência mostra que é possível restaurar a vegetação nativa e, ao mesmo tempo, garantir a geração de renda para as famílias envolvidas”, ressalta.

Os números de desmatamento

O MapBiomas mostra o desmatamento dos biomas de duas formas: pelo número de alertas identificados e a área desmatada. O número de alertas mostra quantas foram as ações de desmatamento. Mas como a área desmatada pode variar a cada alerta emitido, o MapBiomas também fornece os hectares de vegetação natural suprimida. 

Em número de alertas, ou seja, de ações de desmatamento identificadas, houve um salto de 87% entre 2020 e 2021, passando de 5.645 para 10.571.  Bahia (3.080), Ceará (2.564), Pernambuco (1.532) e Piauí (1.074) concentraram 78% (8.250 alertas) do total de alertas identificados em 2021.

Em termos de área, foram desmatados 115.894 hectares, o que representa um aumento de 70% em área desmatada em comparação com o ano de 2020 com 68.304 hectares. A área desmatada na Bahia (46.811 hectares), Ceará (20.584 hectares), Pernambuco (14.149 hectares) e Piauí (12.023 hectares), totalizou 93.568 hectares, correspondendo a 80,7% da área desmatada em 2021.

A agricultura aparece como o principal vetor de desmatamento, tanto quando analisamos o número de alertas (73%, ou 7.716 dos alertas identificados em 2021), como quando contabilizamos a área desmatada (74%, ou 85.762 hectares do total desmatado em 2021).

Também aumentou o número de municípios que apresentaram ao menos um alerta de desmatamento identificado: eles passaram de 712, em 2020, para 938 em 2021, número que equivale a 77,6% de todos os municípios da Caatinga.

Os municípios que concentram as maiores áreas de Caatinga desmatadas são Jeremoabo (BA), com 3.708 hectares; Parnaguá (PI), com 3.147 hectares; Wanderley (BA), com 2.586 hectares; Santa Rita de Cássia (BA), com 2.394 hectares; e Santana (BA), com 2.068 hectares.


Este texto foi originalmente publicado pelo MapBiomas de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original. Este artigo não necessariamente representa a opinião do Portal eCycle.


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