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Formiga rainha produz clones masculinos de uma espécie totalmente diferente em novo estudo

Supõe-se que os organismos vivos produzem descendentes da mesma espécie. Porém, um novo estudo publicado na Nature mostrou que uma formiga é capaz de produzir indivíduos de duas espécies distintas.

O estudo foi feito a partir da observação de uma colônia de formigas da espécie Messor ibericus. Foi constatado que a formiga rainha da colônia produziu formigas operárias tanto da espécie M. ibericus quanto da espécie M. structor — duas espécies separadas por 5 milhões de anos de evolução. 

O fenômeno foi apelidado de xenoparidade — do grego “xénos” que significa  “estranho”, “desconhecido”, “estrangeiro”, e “paridade” que basicamente significa “dar à luz”. 

Inicialmente, acreditava-se que esse era apenas um caso curioso que acontece com algumas espécies, que precisam cruzar com outras espécies para criar formigas operárias — que resulta na criação de formigas híbridas. 

Porém, esse não foi o caso. Os pesquisadores de campo não conseguiram observar nenhuma formiga da espécie M. structor no local. 

De fato, embora ambas as espécies sejam encontradas em algumas áreas, isso não acontece em Sicília, onde o estudo foi realizado. 

Ao levarem as espécies para um laboratório controlado, foi possível desvendar esse mistério. Foi observado que a formiga rainha da espécie M. ibericus é capaz de, assexuadamente, botar ovos de outras espécies — clones masculinos de formigas operárias M. structor

Jonathan Romiguier, um dos autores do estudo, acredita que em um passado, essas espécies cruzaram. E, então, a formiga rainha foi capaz de, continuamente, criar mais clones da outra espécie. 

Além do estudo ser uma fantástica descoberta sobre esses pequenos animais, especialistas acreditam que ele pode acrescentar no entendimento do conceito de “espécies” de animais. 

“A definição mais básica de espécie é que você tem, por exemplo, a espécie A, e ela produz os mesmos descendentes da espécie A (…) E [no caso do estudo], isso não faz sentido”, explicou Romiguier à Nature


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