O que é dieta mediterrânea verde?

A dieta mediterrânea verde é uma alternativa recente e focada em alimentos plant-based do plano alimentar de culturas mediterrâneas. Ao contrário da dieta mediterrânea tradicional, que se propõe em eliminar apenas alimentos industrializados, transgênicos e com alto teor de gordura, a variação verde tem como objetivo reduzir o consumo de carne — sendo praticamente vegetariana. 

O que é uma dieta com baixo teor de gordura?

Mas, o que é dieta mediterrânea?

Em sua forma mais pura, a dieta mediterrânea é o termo usado para determinar o conjunto de conhecimentos, práticas, rituais, tradições, culturas agrícolas e culinárias de países do mediterrâneo. Considerada um Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, a dieta promove uma alimentação rica em:

Qual a diferença entre a dieta mediterrânea verde e a tradicional?

Como visto anteriormente, a alimentação mediterrânea normal, apesar de ser uma dieta saudável, não faz a eliminação de carnes. Ou seja, é possível o consumo de peixes, ovos e algumas carnes vermelhas — como as de carneiro. 

Porém, a dieta mediterrânea verde foca apenas no consumo da proteína vegetal, substituindo toda a carne animal por uma alternativa plant-based, como o tofu. Além disso, os estudiosos responsáveis por desenvolver a alimentação também estimulam a ingestão de nozes, chá verde e lentilha d’água de Mankai.

O uso desses ingredientes na dieta mediterrânea verde se dá graças aos benefícios que eles fornecem à saúde cardiovascular. A informação foi descoberta pelos cientistas responsáveis pelos primeiros estudos sobre o estilo de alimentação, em um estudo publicado na revista Heart em 2020. 

Plant-based: por que aderir a esse estilo de vida?

Quais os benefícios da dieta mediterrânea verde?

Mesmo com poucas pesquisas, a dieta mediterrânea verde já representa uma boa quantidade de efeitos positivos para o organismo humano. Alguns deles são:

Melhora a saúde cardiovascular

O estudo, publicado pela revista Heart, descobriu que a dieta mediterrânea verde tem maior potencial na redução de colesterol “ruim” e de pressão sanguínea do que a tradicional. A pesquisa avaliou as duas formas de praticar a dieta em um grupo de adultos com altos níveis de colesterol

Além disso, os pesquisadores sugeriram que a dieta pode resultar em efeitos positivos para o processo cardiovascular e metabólico. No entanto, é necessário mais estudos a respeito.

Ajuda no sistema digestivo

De acordo com um estudo, publicado em 2022, a dieta mediterrânea causa mudanças significativas na composição e função da microbiota intestinal. Isso se dá devido a grande quantidade de polifenois, que são metabolizados pelas bactérias do intestino e resultam em uma melhor digestão.

Previne o envelhecimento precoce do cérebro

Conforme o ser humano envelhece, o cérebro vai reduzindo de tamanho, o que pode causar mudanças cognitivas como perda de memória e dificuldade de aprender coisas novas. No entanto, pesquisas apontam que uma dieta rica em polifenois pode beneficiar o funcionamento do cérebro, atrasando o seu envelhecimento.

Um estudo, da revista American Journal of Clinical Nutrition, mostrou evidências de que a dieta mediterrânea pode proteger o cérebro da atrofia ligada ao envelhecimento humano, assim como as mudanças cognitivas ligadas a ela.

Reduz a gordura visceral

Uma pesquisa, da revista BMC Medicine, mostrou que os voluntários que seguiram a dieta mediterrânea verde tiveram uma redução considerável dos seus níveis de gordura visceral. Esse tipo de gordura fica ao redor dos órgãos e quando em excesso pode ser a causadora de doenças cardíacas.

Para saber mais, confira a matéria: “Gordura visceral: o que é, como medir e reduzir”.

O que comer na dieta mediterrânea verde?

Além dos alimentos comuns (não-animais) na dieta mediterrânea tradicional, grãos integrais, ervas e especiarias e gorduras saudáveis, a variedade verde foca no uso de fontes de proteínas vegetais. Ou seja, em vez de carnes e outras proteínas animais, deve ser feito o consumo de tofu, feijão, quinoa e nozes

Por esse fator, ela é baseada na ingestão de nozes, chá verde e lentilha d’água de Mankai. Pois para além da perda de peso, a dieta mediterrânea verde preza por uma alimentação saudável, que gere benefícios a longo prazo para o corpo. 

Porém, tenha em mente que a dieta mediterrânea verde não é a mesma coisa que o veganismo ou o vegetarianismo. A prática incentiva a redução do consumo de proteína animal e uma alimentação plant-based, no entanto, a ingestão de alguns alimentos animais ainda são recomendados — os laticínios por exemplo. 

Possíveis contraindicações da dieta mediterrânea verde

A principal contraindicação da dieta mediterrânea verde é seu consumo de proteína também ser baseado em nozes. Esse alimento tem um potencial alérgeno consideravelmente grande, o que pode causar até mesmo a morte de algumas pessoas — em casos mais graves da alergia. 

Além das nozes, o chá verde pode interagir com certas medicações, logo, você deve verificar com o seu profissional de saúde antes de começar o consumo dessa bebida. Se você pretende cortar os alimentos animais de sua dieta mediterrânea não esqueça de fazer o acompanhamento nutricional com um profissional especializado. Afinal, a mudança não pode ser feita de maneira drástica, ou pode resultar em uma deficiência nutricional.

Dica de plano de dieta mediterrânea verde

Dia 1: Chá verde, queijo fresco e fruta, folhas verdes com nozes, feijão e azeite

Dia 2: Chá verde, iogurte com nozes; brócolis e espinafre; salada de cereais integrais e feijão com azeite;

Dia 3: Chá verde, ovos mexidos com tostas de pão integral; salada com maçãs e nozes; legumes grelhados;

Dia 4: Chá verde, aveia com leite, frutos secos e nozes; húmus, pão pita e palitos de cenoura; salada com tomate, cebola e pepino;

Dia 5: Chá verde, torradas de cereais integrais com manteiga de nozes; massa penne de trigo integral com molho pesto de nozes; legumes grelhados com pimentões vermelhos;

Dia 6: Chá verde, iogurte grego com morangos; guisado de grão-de-bico; grão-de-bico e nozes com salada verde mista;

Dia 7: Chá verde, espinafre com queijo feta; tomate, beringela e cogumelos grelhados com salada de lentilhas e nozes; massa integral com pimentões vermelhos assados.

Ana Nóbrega

Jornalista ambiental, praticante de liberdade alimentar e defensora da parentalidade positiva. Jovem paraense se aventurando na floresta de cimento de São Paulo.

Utilizamos cookies para oferecer uma melhor experiência de navegação. Ao navegar pelo site você concorda com o uso dos mesmos.

Saiba mais