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Moda sustentável é um conceito definido por metodologias e processos de produção que não são prejudiciais ao meio ambiente

A moda sustentável é uma vertente que se preocupa em utilizar métodos que não produzam ou minimizem os impactos ambientais gerados no processo de desenvolvimento de produtos. Ela surgiu da necessidade de repensar a conduta da nossa sociedade, do ponto de vista ecológico. Da etapa de produção de tecidos ao consumo desenfreado e descarte de peças usadas, a humanidade tem extraído grande quantidade de recursos naturais não renováveis, poluído e degradado a natureza, sem se preocupar com as consequências disso.

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A moda é um conjunto de costumes e valores de uma sociedade que podem ser representados através do jeito de vestir. A estética do que é belo é influenciada por diversos fatores, os quais geram tendências que mudam incessantemente, como desfiles de grandes estilistas.

Ao longo da história, o vestuário se estabeleceu como uma forma de status social para diferenciar os nobres da massa. Isso ainda ocorre, e quando uma tendência se torna muito popular ela é trocada por uma nova. Esse sistema gera uma fabricação constante de coleções com obsolência programada por estações e temporadas, conhecidas como fast fashions, comuns no comércio varejista. Os novos looks são rapidamente propagados pela mídia, que age refletindo e legitimando novos hábitos e tendências de mercado.

O consumo acelerado de roupas tem deixado grandes marcas no meio ambiente: a degradação do planeta e o consumo de grande quantidade de matéria prima não renovável. Segundo a Environmental Protection Agency, a indústria têxtil está entre os quatro tipos de indústrias que mais consomem recursos naturais e que mais poluem. Além disso, esse sistema fomenta a desigualdade sociocultural, ao passo que utiliza empregos sazonais e informais para manter o baixo custo da produção.

Moda e preservação ambiental são aparentemente conceitos conflitantes; o primeiro implica em produtos com curtos ciclos de vida, e o segundo, leva em conta durabilidade, sustentabilidade e reutilização de produtos. Contudo, algumas formas são mais propensas a mudanças do que outras. Os chamados “clássicos” têm design menos datado no tempo, e por isso têm maior longevidade.

Além disso, a moda é, sobretudo, uma expressão do estilo pessoal, que demonstra a criatividade e o senso estético das pessoas. Através da moda você pode expressar sua individualidade. Ao usar uma marca, você não está comprando apenas a beleza da peça, está legitimando todo seu processo produtivo e carregando o valor moral da empresa.

Se a loja onde você compra utiliza trabalho escravo ou infantil em sua confecção e descarta resíduos químicos nocivos de forma incorreta no meio ambiente, você está alimentando essas práticas – mas também é preciso levar em conta que a falta de poder de escolha, devido a preços elevados de certas marcas, deixa os compradores de mãos atadas. Assim, em algumas situações, os consumidores têm o poder de apoiar ou punir marcas por suas atitudes sociais e ambientais, e isso se dá na sua escolha de qual loja comprar. Para isso, é essencial se informar dos produtos que o fabricante utiliza. Se você deseja se tornar um consumidor responsável e ecofriendly, deve se questionar como, onde e por quem foi feita aquela roupa que você irá comprar.

Muitas são as medidas que podem ser empregadas para reduzir os impactos sociais e ambientais na indústria da moda. Existem inúmeros processos e momentos de decisão diante dos quais uma marca adota seu posicionamento e pode investir no paradigma do desenvolvimento sustentável. Na confecção, a empresa pode decidir aumentar a vida útil de uma peça de roupa através do acabamento, pode usar tecidos que causem menor impacto ambiental, verificar a procedência das matérias-primas, assegurar condições dignas de trabalho, bem como realizar o upcycling. Cabe às marcas e aos consumidores a decisão na escolha de um posicionamento ético frente à moda.

A moda sustentável e diversas correntes que pregam o consumo consciente alinhado à uma proposta ecológica surgem diante dessa preocupação. São elas:

Eco chic

O termo eco chic surge para provar que é possível unir elegância à responsabilidade com aspectos socioambientais. Um conceito de moda que atende a perspectiva de um consumidor eco chic é a moda ética.

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Moda ética

A Moda ética leva em consideração todo o impacto da dimensão sociocultural e ambiental inserida na concepção de um produto. O conceito ganhou destaque em 2004, com o Ethical Fashion Show, evento e manifesto realizado em Paris. O movimento questiona a exploração de funcionários de confecções, que muitas vezes são submetidos a condições análogas ao trabalho escravo. No dia 24 de abril de 2013, 1.133 pessoas morreram no pior acidente da indústria da moda, no complexo de fábricas Rana Plaza em Dhaka, Bangladesh. Esse dia deu origem à organização Fashion Revolution, alinhada com os valores de moda ética, que instituiu esse dia como o fashion revolution day. A organização propõe questionamentos como: quem fez minhas roupas e sob quais condições?

Eco moda

A eco moda (ou moda ecológica) parte do mesmo conceito do eco design e considera as consequências ambientais em todos os estágios de desenvolvimento de um produto. Nessa tendência, reduz-se o consumo de recursos e são escolhidos materiais e processos que colaborem para diminuir o impacto ambiental durante seu ciclo de vida. Dessa maneira, há o uso de tecidos de fibras orgânicas e métodos de produção que minimizem a contaminação ambiental, evitando ao máximo produtos químicos poluentes como corantes sintéticos. Algumas alternativas são o algodão orgânico e fibras de abacaxi, de bambu e de cânhamo.

Algumas marcas brasileiras já utilizam o algodão orgânico, como a Use Eco, que produz camisetas masculinas e femininas.

Ao pensar na sustentabilidade de um material, devemos considerar diversos fatores, tais como a capacidade de renovação da fonte, o processo de como a fibra é transformada em tecido e a pegada de carbono total do material. De acordo com a fundação Earth Pledge, mais de oito mil produtos químicos são utilizados na indústria têxtil e 25% dos pesticidas do mundo são empregados no cultivo de algodão não orgânico. Os esforços para encontrar medidas que reduzam os danos à natureza durante o cultivo da matéria prima, produção e transporte, tornam a moda sustentável tipicamente mais cara do que a fabricada por modelos convencionais.

Zero-waste fashion

O conceito de zero waste fashion se refere à produção de vestimentas e acessórios que geram pouco ou nenhum resíduo em sua produção. Ele faz parte do movimento eco fashion e elimina o desperdício durante a fabricação dos produtos. Além de reutilizar retalhos para fazer detalhes de peças, o designer escolhe padrões que utilizem de forma eficiente o tecido.

Upcycle

A Upcycle é uma tendência que colabora para a redução de lixo e transforma objetos no fim de sua vida útil em novos produtos. A utilização de câmaras de ar de pneus para a confecção de artigos de moda é um exemplo dessa tendência que vêm crescendo.

Slow fashion

Em contraposição ao fast fashion – sistema de produção de moda atual que prioriza a fabricação em massa, a globalização, o apelo visual, o novo, a dependência, a ocultação dos impactos ambientais do ciclo de vida do produto, o custo baseado em mão de obra e materiais baratos sem levar em conta aspectos sociais da produção -, o slow fashion surgiu como uma alternativa socioambiental mais sustentável no mundo da moda.

A prática do slow fashion preza pela diversidade; prioriza o local em relação ao global; promove consciência socioambiental; contribui para a confiança entre produtores e consumidores; pratica preços reais que incorporam custos sociais e ecológicos; e mantém sua produção entre pequena e média escalas.


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