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Aves possuem boa resistência térmica mas para isso precisam da energia encontrada no pólen

Um estudo realizado pela Universidade de Taubaté (Unitau), em colaboração com colegas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), da Escola de Engenharia de Lorena da Universidade de São Paulo (EEL-USP), e da University of Toronto Scarborough, do Canadá, constatou que o aumento da temperatura causa a diminuição da taxa metabólica (quantidade de oxigênio necessário para produzir energia) de beija-flores. Isso quer dizer que, devido ao aumento da temperatura oriundo provavelmente das mudanças climáticas, os beija-flores, conhecidos agentes polinizadores, passam a voar menos e diminuem a área em que buscam o néctar das flores. Como consequência, a área polinizada decresce, de acordo com Maria Cecília Barbosa de Toledo, coordenadora do projeto.

Oito espécies de beija-flores foram analisadas na pesquisa – elas possuem distintas preferências climáticas. O estudo também apontou variações morfométricas de acordo com a altitude, como de massa, de tamanho e de comprimento do bico. No entanto, os pesquisadores não estão certos se as espécies de beija-flores conseguiriam sofrer mudanças morfométricas a tempo de se adaptarem às alterações climáticas.

Os beija-flores possuem alta resistência térmica, podendo suportar de forma confortável um ambiente com temperaturas em torno de 38°C, porém, apenas se obtiverem energia suficiente – a partir do néctar das flores.

A EEL-USP, parceira no projeto, constatou que a quantidade de energia disponibilizada pelas plantas varia de acordo com a altitude. Ou seja, em regiões de terras altas, como Campos do Jordão (SP), o néctar das plantas possui maior teor de sacarose, enquanto em regiões mais baixas, o teor é menor.

A maior preocupação, no entanto, é o que essa mudança comportamental significa para o planeta. Os três agentes polinizadores mais conhecidos são as abelhas, borboletas e beija-flores. Polinização é o transporte de pólen de uma flor para a outra e é responsável pelo desenvolvimento de frutos e sementes.

população das abelhas está em perigo e a população das borboletas também está em declínio – isso em todo o mundo. Ou seja, os maiores e mais ativos agentes polinizadores estão sumindo e, consequentemente, impactando a produção de alimentos, a sobrevivência animal e a biodiversidade.

Para saber mais sobre a pesquisa, clique aqui.

Fonte: Agência FAPESP

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