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Alok Sharma, presidente da COP-26, visita sede na Aprospera (Associação dos Produtores Agroecológicos do Alto São Bartolomeu) e área de produção da CSA (Comunidade que Sustenta a Agricultura) Pé na Terra, no Distrito Federal

Por Douglas Santos, do WWF-Brasil Comunidades do Cerrado têm desenvolvido soluções inovadoras e que ajudam a combater a crise climática por meio da produção sustentável, restauração de áreas degradadas e geração de empregos verdes.

A ação de agricultores familiares tem sido tão bem-sucedida que chamou a atenção do presidente da COP-26, Alok Sharma, e da embaixadora interina do Reino Unido no Brasil, Melaine Hopkins, que foram conferir de perto o trabalho.

Durante o encontro, em 30 de março, Sharma comentou que iniciativas assim são fundamentais para o enfrentamento das mudanças climáticas. “Os povos indígenas e as comunidades locais estão na linha de frente das mudanças climáticas e são afetados de forma desproporcional. Por outro lado, eles também têm soluções inovadoras no combate às mudanças climáticas e à perda de biodiversidade”, disse Sharma.

A visita foi à sede na Aprospera (Associação dos Produtores Agroecológicos do Alto São Bartolomeu) e à área de produção da CSA (Comunidade que Sustenta a Agricultura) Pé na Terra, ambas no Distrito Federal, na região de Planaltina, bacia do Pipiripau.

O presidente da COP-26 e a embaixadora interina também estiveram em áreas que estão em processo de restauração via semeadura direta, onde a Aprospera já planeja coletar sementes para gerar renda, possibilitando a restauração de novas áreas.

“É incrivelmente encorajador e inspirador ver o trabalho que está sendo feito para restaurar o Cerrado degradado”, afirmou Sharma. “É uma iniciativa importante que apoia empregos sustentáveis e agricultura sustentável. E, no final das contas, isso fornece um exemplo de como as soluções baseadas na natureza estão funcionando e mantendo o ecossistema, garantindo que estamos reduzindo a perda de biodiversidade e, é claro, combatendo também as mudanças climáticas”, disse ele.

“A visita foi importante para mostrar o papel crucial das comunidades rurais e da agricultura familiar no combate às mudanças climáticas com soluções baseadas na natureza, como restauração ecológica e sistemas de produção sustentáveis que integram espécies nativas do Cerrado à produção agrícola”, acrescentou Thiago Belote, especialista em restauração do WWF-Brasil.

A chácara onde está a CSA Pé na Terra faz parte do Projeto Produtor de Água no Pipiripau. Coordenado pela Adasa-DF, o projeto conta com 17 instituições e mais de 200 produtores e busca minimizar conflitos relacionados ao uso dos recursos hídricos.

A água do Pipiripau abastece cerca de 200 mil pessoas em Planaltina e Sobradinho, no Distrito Federal, e já foi um grave problema para os produtores agrícolas da região.

A atuação do WWF-Brasil no Projeto Produtor de Água no Pipiripau se dá desde a sua concepção, por meio do PAB (Programa Água Brasil), uma parceria com o Banco do Brasil, a ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico) e a Fundação Banco do Brasil.

Entre 2010 e 2019, foram restaurados 239,4 hectares de terra na bacia do Pipiripau, além de outras nove bacias hidrográficas. Isso sem contar capacitações de todos os produtores envolvidos no Projeto; mais de 50 cisternas instaladas; mais de 300 mil mudas plantadas; e 10 Unidades Demonstrativas implantadas, que são locais onde são testados modelos de viabilidade de produção sustentável aliados à restauração; entre outros resultados.

Destes 239.4 hectares, cerca de 20 ha são de sistemas agroflorestais que ajudam a abastecer com alimentos orgânicos 14 Comunidades que Sustentam a Agricultura (CSA) localizadas na bacia do Pipiripau – 13 delas associadas à Aprospera. Há 35 CSA no Distrito Federal, que fazem parte da Rede CSA Brasília, região que reúne a maior quantidade de CSA no Brasil.

Este texto foi originalmente publicado por WWF Brasil de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original.


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