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Ao longo da vida, a árvore experimenta uma variedade de condições ambientais

Imagem: Wikimedia Commons

Se você olhar pela janela agora, pode facilmente dizer se o tempo está chuvoso ou ensolarado, mas isso não diz muito sobre o clima de sua região – ou seja, sobre as condições meteorológicas médias da região durante um longo período de tempo (30 anos ou mais). No entanto, aquela grande árvore em seu quintal tem mantido um registro detalhado do clima por décadas.

As árvores podem viver por centenas – e às vezes até milhares – de anos. Durante essa longa vida útil, uma árvore pode experimentar uma variedade de condições ambientais: anos úmidos, secos, frios, quentes, geadas precoces, incêndios florestais e muito mais.

Mas como as árvores acompanham essas informações?

Se você já viu um toco de árvore, provavelmente notou que na região cortada há uma série de anéis concêntricos. Eles podem nos dizer quão velha a árvore é e como era tempo durante cada ano da vida da planta. Os anéis de cor clara representam a madeira que cresceu na primavera e início do verão, enquanto os anéis escuros representam a madeira que se desenvolveu no final do verão e no outono. Um anel claro e outro escuro equivalem a um ano “terrestre” da vida da árvore.

Como as árvores são sensíveis às condições climáticas locais, como chuva e temperatura, dão aos cientistas alguma informação sobre o clima local dessa área no passado. Por exemplo: os anéis de árvore geralmente crescem mais largos em anos quentes e úmidos e são mais finos quando o tempo está frio e seco. Se a árvore sofreu condições estressantes, como uma seca, ela dificilmente poderia crescer muito.

Explicação dos anéis concêntricos de árvores
Imagem: Nasa

Os cientistas podem comparar dados de árvores modernas com medições locais de temperatura e precipitação da estação meteorológica mais próxima. Nos Estados Unidos, o serviço meteorológico nacional tem mantido registros meteorológicos desde 1891, mas árvores muito antigas podem oferecer pistas sobre como era o clima muito antes das medições serem registradas. Este campo – o estudo dos climas passados ​​- é chamado de paleoclimatologia.

Árvore muito antiga

árvore Matusalém
Imagem: Oke / Wikimedia Commons

A foto acima é da árvore “Matusalém”, uma das árvores vivas mais antigas do mundo. Matusalém é um pinheiro bristlecone localizado em White Mountain, Califórnia, Estados Unidos – estima-se que ele tenha quase cinco mil anos de idade. Uma vez que não podemos voltar atrás no tempo para aprender sobre climas passados, paleoclimatologistas confiam em fontes naturais de dados climáticos, tais como anéis de árvore, núcleos perfurados de gelo da Antártida e sedimentos recolhidos a partir do fundo de lagos e oceanos. Essas fontes, chamadas proxies, podem estender nosso conhecimento do tempo e do clima de centenas a milhões de anos.

As informações de proxies, combinadas com os dados meteorológicos e climáticos dos satélites da Nasa podem ajudar os cientistas a estimar os principais eventos climáticos que moldaram nosso planeta no passado. E esses modelos também podem nos ajudar a fazer previsões sobre quais padrões de clima esperar no futuro.

É preciso cortar a arvore inteira para ter acesso a esses dados?

De jeito nenhum! Você pode contar os anéis de uma árvore coletando uma amostra com um instrumento chamado broca de incremento. A broca extrai uma fina tira de madeira que percorre todo o caminho até o centro da árvore. Quando extrai a tira, é possível contar os anéis na madeira e verificar se a árvore ainda é saudável.


Fonte: Nasa

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