A manifestação teve forte presença de povos originários de diversas regiões, além de quilombolas, extrativistas e movimentos sociais
Por WWF-Brasil | A Marcha Global pelo Clima encerrou, no sábado (15), a programação da primeira semana da COP30, levando às ruas de Belém milhares de representantes da sociedade civil, lideranças de povos originários e populações tradicionais. De acordo com os organizadores do ato, mais de 50 mil pessoas de 65 países participaram da mobilização.
Os manifestantes se concentraram pela manhã em frente ao Mercado São Brás, um dos principais pontos turísticos da capital paraense. Com cartazes em diversos idiomas, caminharam pelas ruas exigindo o fim da exploração e do uso de combustíveis fósseis, a conservação da Amazônia e ações mais urgentes e enérgicas por parte das autoridades reunidas na COP30, entre outras pautas socioambientais.

A Marcha teve forte presença de povos originários de diversas regiões, além de quilombolas, extrativistas e movimentos sociais. Um dos momentos mais marcantes foi o “funeral dos combustíveis fósseis”, no qual três caixões simbolizavam o fim do carvão, do gás e do petróleo. Pessoas vestidas de onça conduziam o cortejo, seguidas por esqueletos de três metros de altura, um grande globo terrestre e outras alegorias representando a transição energética sustentável.

A mobilização também contou com a participação das ministras Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima) e Sonia Guajajara (Povos Indígenas). Em discurso amplamente aplaudido, Marina ressaltou o simbolismo de a COP voltar a ocorrer em um país democrático, após três edições sediadas por governos que restringiram manifestações — o que impediu a realização da Marcha nos últimos três anos.

A delegação do WWF também marcou presença na mobilização. Ao menos 40 representantes da organização de diferentes países participaram do ato.

Este texto foi originalmente publicado pela WWF-Brasil, de acordo com a licença CC BY-SA 4.0. Este artigo não necessariamente representa a opinião do Portal eCycle.