Foto de Jimmy Liao: https://www.pexels.com/pt-br/foto/predios-edificios-ocupado-ativo-15828845/
O sistema seguro e o programa visão zero são conceitos complementares que visam a segurança do sistema viário, com intuito de reduzir as mortes no trânsito. Para aqueles que defendem a ideia, toda a vida humana é importante. Ao mesmo tempo, todo acidente de trânsito pode ser evitado se houver a preparação correta.
A abordagem do sistema seguro é tida como a parte conceitual deste programa. Segundo suas premissas, todos os seres humanos cometem erros, porém esses erros podem ter efeitos reduzidos se a infraestrutura do sistema viário for projetada para protegê-los.
Desta forma, não cabe apenas ao motorista ou aos pedestres usar o trânsito a responsabilidade de manter a segurança, os projetistas também devem ser incluídos. Assim, todos os envolvidos no sistema de transporte — desde engenheiros até policiais — compartilham a responsabilidade de criar um ambiente que não deixe o erro humano resultar em tragédias.
Um sistema seguro de vias viárias ajuda na construção de mobilidade e urbanismo com segurança a todos, enquanto preza por comunidades mais saudáveis, sustentáveis e equitativas. De maneira geral, os responsáveis pelo design de sistemas viários devem promover:
O programa visão zero é o conceito colocado em prática. Ele foi adotado pela primeira vez em 1997, na Suécia, pela Lei de Segurança do Trânsito Viário. O principal princípio do programa visão zero é que toda morte prematura é inaceitável, portanto, cabe a sociedade como um todo — os civis e o governo — se juntarem para salvar vidas que podem ser perdidas nas ruas.
Isso não significa que os seres humanos não devem deixar de tomar cuidado no trânsito, apenas que eles são propensos a cometerem erros e que a função do sistema viário é diminuir o possível impacto disso. Governos e empresas que se dedicarem a aplicação da visão zero precisam buscar as causas fundamentais dos problemas de insegurança viária, principalmente quando se trata do desenho de estradas, avenidas e rodovias.
Por fim, em vez de seguir o planejamento comum, que foca principalmente no comportamento dos humanos no trânsito, a visão zero presa pelo enfoque na mudança dessas estruturas de mobilidade e urbanismo. Projetos como esses são essenciais para o mundo todo, incluindo o Brasil, onde cerca de 45 mil pessoas morrem todos os anos no tráfego, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Utilizamos cookies para oferecer uma melhor experiência de navegação. Ao navegar pelo site você concorda com o uso dos mesmos.
Saiba mais