Imagem: Larissa Enohata/Portal eCycle
Está pensando em começar a compostar em casa e bateu a dúvida sobre o que não colocar na composteira? Essa é uma questão comum para quem deseja transformar resíduos orgânicos em adubo de qualidade sem enfrentar problemas como mau cheiro ou pragas. Entender quais resíduos devem ficar de fora é essencial para manter sua composteira saudável e eficiente.
A compostagem é o processo biológico de valorização da matéria orgânica, seja ela de origem urbana, doméstica, industrial, agrícola ou florestal, e pode ser considerada como um tipo de reciclagem do lixo orgânico. Trata-se de um processo natural em que os microrganismos, como fungos e bactérias, são responsáveis pela degradação de certos tipos de resíduos, transformando-os em húmus, um material rico em nutrientes.
Além disso, quando descartada em aterros sanitários e lixões, a matéria orgânica passa por um processo de decomposição que gera chorume e gás metano. Essas substâncias podem contaminar lençóis freáticos e contribuir para as mudanças climáticas. Por isso, a compostagem é também uma forma de contribuir com o meio ambiente.
A composteira doméstica, por ser duplamente funcional, está se tornando uma realidade em muitos lares. No entanto, é preciso ficar atento ao bom funcionamento da tecnologia. Alguns resíduos podem ser colocados na composteira, como cascas de ovo, restos de vegetais, aparas de gramas, folhas secas entre outros.
Entretanto, nem todo resíduo orgânico é compostável, sendo que alguns alimentos e materiais podem causar desequilíbrio químico no interior das caixas de compostagem, o que pode atrair pragas indesejadas, mau cheiro e prejuízo às plantas. Além disso, eles podem desacelerar o processo de decomposição.
Para isso não acontecer, basta conhecer os resíduos que podem ir na composteira, como a borra de café e folhas secas, e o que não colocar na composteira doméstica.
Qualquer derivado de leite não entra. Além do mau cheiro da decomposição, pode atrair organismos indesejados.
As nozes contêm juglone, um composto orgânico que é tóxico para alguns tipos de plantas.
Inclui massas, bolos, pães e quaisquer outros alimentos assados. Esses itens têm decomposição lenta em comparação com os demais e ainda atraem pragas.
Revistas, jornais, papéis de impressão, envelopes e catálogos são todos tratados com químicos pesados, geralmente branqueadores (que contêm cloro) e tintas que não são biodegradáveis. A reciclagem é a solução.
Restos de frango, peixe e carne bovina são muito danosos para a composteira. A decomposição é demorada, causa mau cheiro e atrai animais.
Esse alimento cozido se torna um perfeito ninho para as bactérias.
A serragem é boa para o funcionamento da composteira doméstica porque ajuda a absorver a umidade. No entanto, se a serragem for resto de algum tipo de madeira envernizada ou quimicamente tratada, os componentes químicos irão prejudicar as minhocas.
Apesar de se parecerem com fertilizantes naturais, esse resíduos não podem ser usados na compostagem, pois podem conter parasitas e vírus, que trazem riscos potenciais.
Possui grandes quantidades de enxofre e ferro, que fazem mal para as plantas.
Confira no seu jardim se alguma planta está com fungos ou com alguma outra doença contagiosa. Caso isso se confirme, elas não podem ser compostadas porque essas doenças podem se transferir para as plantas saudáveis.
Alimentos gordurosos podem liberar substâncias que retardam a compostagem e prejudicam o composto.
Têm decomposição muito lenta e trazem mau cheiro. Acabam desacelerando todo o processo de compostagem.
Por conta da acidez das frutas cítricas, as cascas acabam sendo responsáveis por desequilibrar o pH da mistura da terra, prejudicando as minhocas. Se você não sabe o que fazer com elas, veja em:
Essas são recomendações do que não colocar na composteira doméstica. Mas, se algum desses itens for adicionado, o ideal é que seja em pequena quantidade, sempre em uma proporção muito menor que os demais resíduos, para não prejudicar o processo de compostagem.
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