Pimenta chili. Imagem de Calum Lewis no Unsplash
Pimenta chili é um nome genérico que se refere a várias frutas ricas em um composto chamado capsaicina. Ele é a substância responsável pelo sabor picante.
As pimentas chili comestíveis são usadas principalmente como tempero, podendo ser cozidas, desidratadas e moídas até formarem um pó.
A pimenta vermelha em pó é conhecida como páprica picante e é muito utilizada no prato mexicano tradicional. Além de ser utilizada para temperar de tudo entre sopas, cremes, molhos cremosos, pratos com tomates, frutos do mar, carnes, aves e vegetais.
Já a páprica doce é feita a partir do pimentão, que, embora não seja extremamente picante, é uma fruta que pertence à mesma família da espécie de pimenta-caiena. Todas elas pertencem à família Solanaceae e ao gênero botânico Capsicum. Essas pimentas não têm qualquer relação botânica com a pimenta-preta, também chamada pimenta-do-reino, cujo nome científico é piper nigrum. Que em termos de sabor não pode agir substituindo a pimenta vermelha.
A capsaicina é o principal composto bioativo da pimenta chili, sendo responsável por seu sabor único, ardência e benefícios à saúde. Confira.
Uma colher de sopa (15 gramas) de pimenta chili crua e fresca pode fornecer:
A pimenta chili (erroneamente chamada de pimenta chilli) é rica em várias vitaminas e minerais. No entanto, como é consumida apenas em pequenas quantidades, sua contribuição para a ingestão diária recomendada é irrelevante. Mas a título de curiosidade, saiba que a pimenta, apesar de não ser uma fonte significativa de vitaminas e minerais, ela contém:
A pimenta chili é uma fonte de capsaicina e carotenóides antioxidantes. Os principais compostos presentes na pimenta vermelha são :
Mas, de acordo com um estudo, o teor de antioxidantes da pimenta madura (vermelha) é muito superior ao da pimenta verde (não amadurecida).
A capsaicina, o principal composto bioativo das pimentas chili, tem algumas propriedades únicas. Ela se liga aos receptores da dor, induzindo uma sensação de queimação sem causar nenhum ferimento real.
Mesmo assim, o alto consumo de pimenta chili (ou capsaicina) pode dessensibilizar os receptores de dor ao longo do tempo, reduzindo a capacidade de sentir o sabor ardente da pimenta. A capsaicina também torna esses receptores insensíveis a outras formas de dor, como a azia causada pelo refluxo gástrico.
Um estudo descobriu que pessoas com azia que consumiram 2,5 gramas de pimenta vermelha diariamente apresentaram piora no início do tratamento de cinco semanas, mas melhora com o tempo. Outro estudo de seis semanas mostrou que ingerir três gramas de pimenta por dia melhorou a azia em pessoas com refluxo gástrico.
Entretanto, o efeito de dessensibilização não parece ser permanente. Um estudo observou que esse efeito foi revertido 1-3 dias após a interrupção do consumo de capsaicina.
A obesidade é uma condição séria de saúde que aumenta o risco de muitas doenças crônicas, como doenças cardíacas e diabetes. Algumas evidências sugerem que a capsaicina pode promover a perda de peso, reduzindo o apetite e aumentando a queima de gordura.
Alguns estudos mostram que dez gramas de pimenta vermelha podem aumentar significativamente a queima de gordura em homens e mulheres.
A capsaicina também pode reduzir a ingestão de calorias. Um estudo realizado em 24 pessoas que consumiram pimenta descobriu que ingerir capsaicina antes de uma refeição levou a uma menor ingestão calórica.
Além disso, o consumo regular de suplementos de pimenta vermelha ou capsaicina pode ajudar na perda de peso quando combinado com outras estratégias de estilo de vida saudável.
No entanto, a pimenta provavelmente não é muito eficaz sozinha. Além disso, a tolerância aos efeitos da capsaicina pode se desenvolver ao longo do tempo, limitando sua eficácia.
De acordo com uma pesquisa chinesa, o consumo constante de comida picante, está associado a até 14% de redução do risco de morte.
Os pesquisadores examinaram as dietas de quase 500 mil pessoas na China por mais de sete anos. No fim, observaram que os indivíduos que comeram alimentos picantes em um ou dois dias da semana tinham um risco de morte 10% menor.
Além disso, os que consumiam tais alimentos acima de três dias por semana apresentavam um risco 14% mais baixo. De acordo com as análises, os chineses que consumiam a pimenta fresca em vez da seca tendiam a ter um menor risco de morte por câncer, doença isquêmica do coração e diabetes.
Outro estudo mostrou benefícios semelhantes das pimentas chili para a longevidade.
A pimenta pode ter efeitos adversos em algumas pessoas. Muitas não gostam da sensação de queimação, já que ela é extremamente picante.
A pimenta chili, em suas diversas opções, é bem conhecida por seu sabor quente e picante. A substância responsável por isso é a capsaicina, que se liga aos receptores da dor e causa uma intensa sensação de queimação.
Por esse motivo, o composto oleorresina capsicum extraído da pimenta é o principal ingrediente dos sprays de pimenta.
Em quantidades elevadas, causa dor intensa, inflamação, inchaço e vermelhidão. Com o tempo, a exposição regular à capsaicina pode fazer com que certos neurônios da dor se tornem insensíveis a outras dores.
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