Lubrificante vaginal: tipos, usos e recomendações

O lubrificante vaginal é um produto usado para reduzir os atritos de relações sexuais, principalmente as com penetração, que podem causar lesões e infecções. A lubrificação é uma característica comum do canal vaginal durante o estímulo sexual. No entanto, algumas pessoas sofrem com secura vaginal, e por esse motivo optam pela lubrificação artificial.

Para o que serve a lubrificação?

O cérvix e as glândulas de Bartholin — localizadas na entrada da vagina — liberam um fluido que facilita a lubrificação natural de pessoas com sistema reprodutivo feminino. Esse processo é liberado assim que o indivíduo começa a ser estimulado sexualmente e ajuda a reduzir a fricção dos órgãos sexuais durante a relação.

Quando a pessoa enfrenta secura vaginal, seja por uma condição ou alteração de hormônios, ela pode optar pelo uso do lubrificante artificial. Ele pode ajudar a tornar a relação sexual algo menos doloroso, e ainda é um grande aliado do sexo seguro

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Quem usa lubrificante vaginal?

Qualquer pessoa pode usar um lubrificante vaginal, até mesmo indivíduos saudáveis. Isso porque estudos apontam que o produto pode aumentar o prazer, facilitar o contato dos órgãos sexuais e ainda aumentar a segurança da relação. 

Entretanto, o lubrificante vaginal é comumente aplicado em casos como;

  • Secura vaginal causada por medicação;
  • Mudanças hormonais, devido a gravidez ou ao parto, que dificultam a lubrificação natural;
  • Menopausa que causa secura vaginal;
  • O canal vaginal não oferece a lubrificação necessária para a realização do ato sexual;
  • Em que a prática do fumo é constante;
  • Pessoas com doenças autoimunes;
  • Tratamentos para câncer;

Quais os tipos de lubrificantes?

Existe uma variedade grande de lubrificantes que são adequados para diferentes tipos de corpos e realidades. Por isso, confira a seguir alguns dos lubrificantes vaginais encontrados no mercado:

Lubrificantes à base de água

São os mais comuns, feitos com ou sem glicerina, são mais baratos, fáceis de achar e seguros de se usar com o preservativo. Eles também não mancham a roupa de cama. Se você é uma pessoa propensa a irritação e infecções vaginais, evite fazer o uso da alternativa com glicerina. 

Essas variações secam mais rápido e tem uma quantidade de açúcar elevada, o que pode contribuir para o surgimento de infecções bacterianas. Ambas as alternativas são fáceis de retirar com água, porém ficam grudentas com o passar do tempo.

Lubrificantes de silicone

Esses tipos de lubrificantes vaginais são os mais duradouros, afinal, são resistentes à água. Eles não precisam ser reaplicados com tanta frequência, como os à base de água. Além disso, devido aos seus componentes, não danificam o preservativo, garantindo a segurança durante o sexo. 

Apesar de durarem bastante, os lubrificantes vaginais de silicone demoram mais para serem retirados — devido à resistência à água. Outro ponto negativo é que ele pode danificar brinquedos sexuais com o tempo, fazendo com que eles fiquem inutilizáveis. 

Lubrificantes à base de óleo

O lubrificante vaginal à base de óleo é o mais controverso. Isso porque eles podem ser feitos de duas formas: óleos naturais (como óleo de coco) e sintéticos (minerais ou vaselina). Geralmente, eles são baratos e acessíveis, no entanto, são propensos a causarem irritações. 

Os lubrificantes de óleos naturais e sintéticos são ótimos para tipos de contato sexuais que não envolvem penetração. Porém, quando se trata dessa prática, eles podem não ser a melhor alternativa. Afinal, são capazes de destruir o látex do preservativo, aumentando a probabilidade dele estourar durante a relação. Além disso, eles mancham tecidos, podem irritar a vagina e são difíceis de remover, o que pode culminar em infecções sexuais. 

Lubrificantes veganos

O lubrificante vaginal vegano é comumente feito sem o uso de produtos químicos nocivos, mas também não conta com testes ou qualquer subproduto animal. Eles são livres de parabenos e contêm ingredientes orgânicos que beneficiam o canal vaginal. 

Esses tipos de lubrificantes vaginais tem uma validade reduzida e podem custar mais do que o preço médio do mercado. 

Como aplicar lubrificante vaginal?

Ao iniciar a aplicação, comece com apenas uma pequena quantidade de lubrificante vaginal e, quando se sentir confortável, aumente seu uso gradualmente. Em alguns casos, a reaplicação do lubrificante durante a relação sexual pode gerar melhores resultados.  

Se o produto manchar tecidos, use uma toalha para ficar na parte debaixo do seu corpo. Aqueça o líquido em sua mão antes de aplicar, seja no pênis ou na vagina. Opte por usá-lo um pouco antes da penetração ou masturbação — é importante utilizar preservativo e lubrificante quando se usa brinquedos sexuais, pois esses também causam irritações e infecções sexuais.

Certifique-se de que sua vulva e vagina estão adequadamente úmidas ao aplicar e durante toda a relação. Caso o canal vaginal seque depois de um tempo, reaplique o produto. 

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Dicas para o uso do lubrificante vaginal

  • Se você está tentando engravidar, opte por lubrificantes vaginais com “amigável ao esperma” ou “amigável a fertilidade” em seu rótulo. Alguns estudos apontam que a maioria dos lubrificantes podem ter impactos negativos na mobilidade do espermatozoide;
  • Ao usar o preservativo, evite qualquer lubrificante vaginal à base de óleos naturais;
  • Se for ter uma relação no chuveiro, ou perto da água, não use lubrificante a base de água, pois eles saem com facilidade;
  • Caso você seja propenso a desenvolver infecções bacterianas, não use lubrificantes com glicerina;
  • Se tiver um problema crônico com secura vaginal, procure outro tipo de tratamento além dos lubrificantes. Alguns exemplos são: cremes de estrogênio e hidratantes vaginais;
  • Evite usar produtos com sabores ou fragrância, eles podem irritar o canal vaginal;
  • Alguns ingredientes podem causar irritação ou alergia, por exemplo: glicerina, nonoxynol-9, propilenoglicol e gluconato de clorexidina;

Quais os possíveis efeitos colaterais do uso de lubrificante vaginal?

A maioria dos lubrificantes vaginais são seguros para o uso comum. Entretanto, como mencionado anteriormente, certos ingredientes em suas fórmulas podem resultar no desenvolvimento de alergias, infecções e irritações. Por isso, fique alerta sobre qual produto você pode ou não pode usar.

Se você apresentar sintomas como dificuldade ao respirar, inchaço, lesões na pele e coceira após o uso do lubrificante vaginal, busque ajuda médica. Ao perceber que infecções bacterianas surgem ao usar este tipo de produto, também marque uma visita a um profissional de saúde.

Ana Nóbrega

Jornalista ambiental, praticante de liberdade alimentar e defensora da parentalidade positiva. Jovem paraense se aventurando na floresta de cimento de São Paulo.

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