Italianos criam bateria movida a CO2 capaz de armazenar energias solar e eólica

Na quarta-feira (8), a empresa Energy Dome lançou na Sardenha, Itália, uma bateria que captura dióxido de carbono (CO2) da atmosfera e é capaz de armazenar a energia do Sol e dos ventos. A tecnologia é promissora no combate às mudanças climáticas, já que um dos principais obstáculos do uso de energias renováveis como a solar e a eólica é a intermitência do fornecimento.

O método de armazenamento é livre de emissões, mas capaz de armazenar eletricidade de fontes de energias renováveis quando é convertida de gás para líquido, podendo vir a ser um divisor de águas na forma como a energia solar e eólica são usadas.

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A tecnologia torna possível utilizar energia renovável 24 horas por dia todos os dias da semana usando apenas pressão e calor. O processo começa com o armazenamento de gás CO₂, garantido por fornecedores comerciais, em uma grande cúpula selada. Quando a energia é alimentada no sistema, ele empurra o gás através de um compressor para condensá-lo em líquido, enquanto o calor dessa compressão é capturado e armazenado para ser usado novamente mais tarde.

Na hora de descarregar a energia, o calor que foi armazenado é utilizado para evaporar novamente o CO₂ líquido, e sua expansão  – ao se transformar em gás e retornar à cúpula  – aciona uma turbina que gera energia. No processo, são utilizados aço, CO₂ e água, e o sistema de circuito fechado não gera emissões. Além disso, a bateria de CO₂ é totalmente reciclável e dispensa o uso de minerais raros, como cobalto, conhecidos por gerar impactos socioambientais em decorrência de sua mineração.

Ao jornal Euro News Next, o fundador e CEO da Energy Dome, Claudio Spadacini, ressalta que “Ser independente de minerais raros é uma grande vantagem do ponto de vista da segurança energética e em termos de estabilidade geopolítica”. O fundador ainda disse que as primeiras plantas de armazenamento em grande escala da Energy Dome devem custar pouco menos de US$ 200 (€ 180) por quilowatt-hora, o que também é cerca de metade do preço de um sistema de armazenamento convencional de energia de íons de lítio.

Stella Legnaioli

Jornalista, gestora ambiental, ecofeminista, vegana e livre de glúten. Aceito convites para morar em uma ecovila :)

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