Pequi. Imagem editada e redimensionada de Frutos Atrativos do Cerrado em Flickr, sob a licença CC BY-NC-SA 2.0
O pequi é um fruto da árvore chamada pequizeiro (Caryocar brasiliense Camb.), típica do Cerrado brasileiro. Conhecido também como piqui, pequiá, piquiá, piquiá-bravo, amêndoa-de-espinho, grão-de-cavalo, pequerim e suari, o pequi se destaca na culinária típica destas regiões, aplicado em pratos locais, condimentos e bebidas adocicadas, além de ser possível extrair óleo de pequi.
Graças ao seu interesse comercial, como na culinária e na extração do óleo, o pequi gera inúmeros empregos e renda para diversas famílias na época da colheita. Um pequizeiro produz entre 500 a 2000 frutos por safra, produzindo em média 180 kg de polpa, 33 kg de amêndoas, 119 kg de óleo de polpa e 15 l de óleo de amêndoa.
O óleo vegetal de pequi pode ser extraído da sua polpa ou amêndoa, possuindo, assim, diferenças em suas composições. A alteração mais pronunciada entre estes óleos é a predominância de ácidos graxos. No óleo da polpa do pequi, o ácido oleico (ômega 9) predomina, enquanto no óleo da amêndoa do pequi, o ácido que é predominante é o palmítico.
O processo de extração do óleo de pequi não é único, podendo variar de produtor para produtor. Confira um vídeo sobre como fazer o óleo de pequi e como é a realidade dos catadores de pequi e a extração aquosa de seu óleo.
O óleo de pequi é muito utilizado na culinária e na indústria cosmética. Além disso, ele pode ser usado como produto medicinal no combate à bronquite, tosse, gripes e resfriados. Porém, esses efeitos não são comprovados cientificamente.
A polpa do pequi possui uma grande quantidade de carotenoides, compostos considerados geradores de vitamina A. Os carotenoides presentes na polpa do pequi apresentam ação antioxidante, combatendo a ação de radicais livres, trazendo diversos benefícios à manutenção da saúde.
Devido à presença destes compostos e de diversos ácidos graxos, como o ácido palmítico, o pequi e o óleo são estudados e aplicados na indústria farmacêutica e em cosméticos. Pesquisas estudam os efeitos antifúngicos, as propriedades anti-inflamatórias e as aplicações terapêuticas do óleo e os compostos presentes nele.
Além disso, o óleo da polpa de pequi também é conhecido por reduzir o colesterol “ruim” (LDL), a pressão arterial e os níveis de triglicerídeos, graças a grande concentração do ácido oleico em sua composição.
Graças a esse efeito, o óleo de pequi é aplicado em cosméticos, como cremes, para atuar como anti-idade e contribuir na manutenção da pele. Este alto efeito antioxidante do óleo também dá uma maior estabilidade ao produto, não havendo a necessidade de adição de conservantes.
Por ser uma fonte rica em carotenoides, o óleo de pequi é comestível e muito utilizado na culinária como óleo para cozinhar.
A alta quantidade de ácido oleico, presente no óleo de pequi, é um atrativo para a produção de biodiesel. A oxidação do biocombustível é um grande problema que afeta sua qualidade e o interesse em sua produção. Os ácidos monoinsaturados são considerados mais interessantes para a produção de biocombustível, devido à sua estabilidade.
Além do alto teor de ácidos monoinsaturados, o óleo de pequi possui um grande efeito antioxidante, como visto anteriormente, o que contribui mais ainda para a estabilidade do óleo. Porém, o fator limitante para a produção de biocombustível através deste óleo é a baixa produção existente e também sua safra, que é curta – apenas quatro meses ao ano.
O óleo de pequi é um dos melhores óleos vegetais disponíveis, proporcionando benefícios à saúde através da sua utilização na culinária e em cosméticos.
Entretanto, antes de utilizá-lo, certifique-se de que o produto é 100% natural e puro, livre de componentes que podem ser nocivos à saúde. Normalmente, produtos que contêm o óleo de pequi podem possuir também substâncias prejudiciais, como parabenos, a fim de melhorar algum aspecto físico do produto e até o seu tempo de vida.
Vale ressaltar também que o descarte indevido de óleos provoca sérios impactos ambientais, principalmente na questão da contaminação da água. Encontre o ponto mais próximo para descarte do óleo.
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