O que é ocitocina, para que serve e seus efeitos

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Ocitocina, ou oxitocina, é um hormônio produzido pelo hipotálamo no cérebro. Também conhecido como o hormônio do amor, ele é expelido principalmente no momento do parto, durante o orgasmo e a amamentação. Mas também está envolvido em outras situações de expressões emocionais nas quais são produzidas sensações de carinho e afeto, como acariciar animais de estimação, abraçar amigos ou companheiros.

A ocitocina é um hormônio que promove efeitos benéficos no organismo como sensação de confiança, empatia, memórias positivas, estabilização emocional, bem-estar, relaxamento, comunicação não-violenta e estímulo das glândulas mamárias para a produção de leite, em caso de lactação.

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Papel da ocitocina na reprodução sexual e na criação de vínculo

A ocitocina é conhecida por sua relevância para a reprodução humana. Ela promove o trabalho de parto, a liberação de leite e a movimentação de espermatozoides. Além disso, ela é importante para a manutenção do vínculo entre um casal. Isso é considerado essencial para um bom desenvolvimento infantil e para a coesão social.

Um estudo mostrou que casais com níveis de ocitocina no organismo, mais altos do que seus pares, mantiveram o vínculo por mais tempo.

Outro estudo mostrou que o neurotransmissor pode levar os homens a manterem uma distância social maior de outras mulheres atraentes desconhecidas. Mas esse hormônio não diz respeito somente ao apego, ele também está ligado à intensidade dos orgasmos durante a atividade sexual.

De modo semelhante, outro estudo conclui que a ocitocina é capaz de diminuir os comportamentos associados à infidelidade de mulheres. Assim, elas preferem interagir socialmente com seu parceiro em vez de estranhos do sexo oposto.

Além disso, a ocitocina aumenta o vínculo entre mãe e filhos, seja em animais ou humanos. Níveis mais elevados deste hormônio aumentam a probabilidade de se envolver em comportamentos parentais afetuosos. Alguns exemplos são: checar o bebê com frequência, dar banho, fazer carinho, cantar ou falar com o bebê.

Outro estudo mostrou que homens com vício em sexo apresentam níveis mais altos de ocitocina no sangue, em comparação com homens saudáveis. A descoberta pode ser importante para o tratamento de pessoas com esse transtorno.

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Foto de Debby Hudson na Unsplash

Papel da ocitocina na coesão social

Uma revisão de estudos sugere que a ocitocina tem um impacto positivo nos comportamentos sociais. Afinal, ela ajuda o indivíduo a se adaptar a várias situações emocionais e sociais diferentes.

Um estudo mostrou que a aplicação de ocitocina intranasal ajudou pessoas com autismo a compreender e responder melhor aos comportamentos sociais.

Uma outra revisão de estudos concluiu que os efeitos da ocitocina influenciam “comportamentos pró-sociais” no relaxamento, confiança e estabilidade psicológica.

Algumas pesquisas sugerem que bebês (adotivos ou biológicos) que recebem cuidado dos pais apresentam um aumento do neurotransmissor. Isso os faz buscar mais contato com a mãe, fortalecendo ainda mais o vínculo.

Outro estudo descobriu que tipos específicos de interação entre pai e bebê levaram a níveis mais altos de ocitocina.

Ocitocina e o amor pelos animais

De acordo com um estudo, cuidar de cachorro pode gerar um vínculo entre o tutor e o pet semelhante ao de mãe e filho. Segundo os pesquisadores, o hormônio aumenta a empatia entre tutores e cães, criando maior vínculo e sintonia entre eles.

Uso médico

A ocitocina pode ser injetada para estimular as contrações uterinas durante o trabalho de parto. Também pode ser usado para reduzir o sangramento após o parto ou aborto.

Está sendo explorado como um possível tratamento para a depressão pós-parto. Embora um estudo descobriu que a ocitocina sintética pode aumentar o risco de depressão pós-parto e transtornos de ansiedade.

A pesquisa sobre a ocitocina como um possível tratamento para transtornos de abuso de álcool e substâncias está em andamento.

Desvantagens

De acordo com artigo publicado na Healthline, embora a ocitocina possa aumentar o vínculo, ela também pode estimular o favoritismo e o preconceito. Isso pode levar à formação de grupos de “dentro” do vínculo e grupos de “fora”.

O hormônio também foi associado a sentimentos de inveja e desonestidade. Mas são necessárias mais pesquisas para compreender os efeitos negativos da ocitocina.

Stella Legnaioli

Jornalista, gestora ambiental, ecofeminista, vegana e livre de glúten. Aceito convites para morar em uma ecovila :)

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