Economia Social: características e contexto

A economia social é um conceito de desenvolvimento social que surgiu em 1830. O conceito deriva da publicação de um tratado na Universidade de Lovaina, em Paris, por Charles Dunoyer.

O termo é usado para descrever as atividades empresariais impulsionadas por missões sociais e destinadas a serem economicamente viáveis. Isso inclui o trabalho de cooperativas, associações sem fins lucrativos, fundações e locais de trabalho social.

Contexto histórico

O conceito de economia social surgiu no contexto da Revolução Industrial, com a influência do pensamento socialista do século XIX. A ideia era formar práticas de:

  • Solidariedade
  • Ajuda mútua
  • Segurança social entre as classes trabalhadoras

Desse modo, dando origem a novas formas de organização, como as cooperativas. Uma cooperativa é uma sociedade civil, formada por no mínimo 20 pessoas, gerida de forma democrática e participativa, com objetivos econômicos e sociais comuns.

Apesar de ser marcada por este tratado, a economia social também começou a ser gestada por conta dos ideais da Revolução Francesa. Além do idealista francês Louis Blanc, que incluíam liberdade, fraternidade e igualdade. Nesse período, começaram a surgir cooperativas de trabalhadores, produção de bens e serviços. Todos que aumentavam as capacidades do emprego e reduziam as desigualdades sociais e a exclusão social em geral.

Mas a economia social possui diferentes escolas teóricas. Entre elas, estão a socialista, social-cristã reformista, a escola liberal e a escola solidária.

O que é Economia Solidária e como funciona?

Quais as características da Economia Social?

Foto de Antonio Janeski na Unsplash

A conscientização dos problemas gerados pela desigualdade social, como produto da economia capitalista, tem um potencial de reorientar os mercados. Parte dos atores políticos sabe da importância de atender as necessidades sociais. Dessa forma, a economia social é um elemento legítimo no contexto do trabalho e investimento ético.

O que é empreendedorismo social?

Algumas previsões sugerem que o futuro capitalismo pode acomodar, talvez até mesmo exigir, à medida que a recessão se aprofunda, as energias da economia social para criar novos mercados e atender às necessidades de bem-estar, além do terceiro setor.

Um corpo de pesquisa surgiu examinando as características econômicas das empresas sociais, associações e fundações. Também foi observado como elas conseguem ou não gerenciar a interface entre o mercado e as prioridades éticas. Entretanto, pouco se sabe sobre o que é estar envolvido na economia social ou sobre quais diferenças sociais atores ganham com a experiência.

No entanto, a maior parte do pensamento acadêmico e político presume que a prática da economia social é recompensadora e empoderadora.

Qual a finalidade da economia social?

Uma empresa pautada nos moldes da economia social, precisa ser autônoma em relação ao Estado. Dentre outros objetivos dessa empresa, destacam-se:

  • A propriedade é institucional e não é objeto de repartição entre os participantes;
  • São organizações que não têm como principal finalidade maximizar lucros, ou manter relações económicas individuais. Prevendo em alguns casos restrições à distribuição dos excedentes. O mais usado é a ausência de relação entre o capital e a participação nos lucros;
  • Têm gestão democrática e participativa;
  • O objetivo fundamental da organização é a manutenção do bem–estar ou do equilíbrio social.
Stella Legnaioli

Jornalista, gestora ambiental, ecofeminista, vegana e livre de glúten. Aceito convites para morar em uma ecovila :)

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