Dia Mundial dos Oceanos: qual sua importância?

O Dia Mundial dos Oceanos é celebrado anualmente em 08 de junho, como uma das diversas comemorações que ocorrem durante a semana do meio ambiente. O objetivo dessa data comemorativa é chamar a atenção da população mundial para a importância e a crescente necessidade da preservação dos oceanos.

90% do plástico dos oceanos vem de apenas 10 rios

Quando surgiu o Dia mundial dos oceanos?

A primeira vez que a Organização das Nações Unidas (ONU) considerou instaurar o Dia Mundial dos Oceanos foi em 1992, na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento — também conhecida como Rio-92. Porém, foi apenas em 2008 que a organização adotou a data em seu calendário oficial. 

Desde então, a ONU realiza eventos globais, coordenados pela Divisão de Assuntos Oceânicos e do Direito do Mar, para trazer o debate a respeito dos oceanos para todo o mundo. Durante essas conferências globais, líderes de diversos setores são convidados, desde chefes de governo, ativistas, empresários até líderes indígenas

Qual o objetivo do Dia Mundial dos Oceanos?

Cerca de 70% do planeta é coberto por oceanos, sendo eles: Atlântico, Pacífico, Índico, Ártico e o Antártico. Para especialistas, é preciso ver esses oceanos como um, afinal, não existem barreiras físicas que os separem e todos têm a mesma importância para a Terra. 

Além de ajudarem no controle climático do planeta, sendo considerados os pulmões da Terra, eles são fonte essencial de alimentos e empregam milhões de pessoas ao redor do globo. Desta forma, o Dia Mundial dos Oceanos tem como principal objetivo reforçar o papel dessas águas na manutenção da vida humana e animal, fomentando o debate sobre os problemas que vem afetando sua biodiversidade nas últimas décadas. 

25 milhões de toneladas de lixo vão para os oceanos todo ano

Qual a importância dos oceanos?

Os dados mostram o quanto os oceanos estão relacionados à sobrevivência humana. Segundo o Relatório Especial sobre o Oceano e a Criosfera em um Clima Sob Mudança (SROCC, sigla em inglês), cerca de 285 da população mundial vive em regiões costeiras e tem contato rotineiro com essas águas. 

Além disso, mais de dois bilhões de pessoas dependem de forma direta ou indireta dos oceanos para alimentação e economia. Por fim, 15% da proteína consumida por seres humanos vem das 170 milhões de toneladas de frutos do mar fornecidos anualmente por ecossistemas marinhos. 

Desta forma, pode-se dizer que os oceanos são essenciais para a manutenção da segurança alimentar e económica de muitos indivíduos ao redor do globo. Mas, os motivos pelos quais esses ecossistemas precisam ser preservados vão muito além disso.

Quando se fala de biodiversidade, o Censo da Vida Marinha, publicado em 2010, aponta que existem pelo menos 230 mil espécies de plantas, invertebrados, peixes e outros vertebrados marinhos catalogados. De acordo com os cientistas responsáveis pelo censo, para cada espécie reconhecida, existem cerca de quatro que não foram descobertas. 

Entre esses e muitos outros papéis importantes dos oceanos, os Centros Nacionais de Ciências do Oceano Costeiro, dos Estados Unidos, afirmam que entre 50% a 80% da produção de oxigênio terrestre é originária de plâncton oceanico. Elencando apenas algumas das diversas funções desses ecossistemas, podemos entender o porquê deles terem tamanha importância para a humanidade.  

Logo, percebe-se uma urgência para que as nações do mundo inteiro se unam para reduzir os impactos negativos sobre os oceanos, comumente causados pelo:

  • Derretimento do gelo polar em decorrência do aumento das temperaturas, que pode resultar na elevação do nível do mar;
  • Alteração nas temperaturas de correntes marítimas;
  • Acidificação dos oceanos, que impactam corais;
  • Mudança no ciclo oceanico, que pode alterar ou potencializar os fenômenos como o El Nino;
  • Redução da biodiversidade de espécies, como resultado da pesca predatória e das mudanças climáticas;
  • Aumento das temperaturas das águas superficiais;
  • Descarte inadequado de lixo nos oceanos.

Para saber mais sobre o assunto, confira “Os oceanos estão virando plástico”.

Ana Nóbrega

Jornalista ambiental, praticante de liberdade alimentar e defensora da parentalidade positiva. Jovem paraense se aventurando na floresta de cimento de São Paulo.

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