Dia Mundial do Combate à Seca e à Desertificação

O Dia Mundial do Combate à Seca e à Desertificação é celebrado anualmente em 17 de junho, desde 1995. O objetivo da data é conscientizar a população mundial a respeito da preservação dos ecossistemas terrestres, de forma que sejam evitados os processos de desertificação e seca que afetam negativamente a biodiversidade do meio ambiente. 

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Qual a origem do Dia Mundial do Combate à Seca e à Desertificação?

Em 1994, em uma Assembleia Geral das Nações Unidas, foi declarado o dia 17 de junho como Dia Mundial do Combate à Seca e à Desertificação. Durante o evento, foi oficializada a Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação nos Países Afetados pela Seca Grave/ou Desertificação (UNCCD). 

O acordo visa o comprometimento de diversos países no que se refere aos problemas gerados pela desertificação no mundo — como a escassez de recursos naturais, a fome e o surgimento de zoonoses. O Brasil é um dos países que assinou a convenção, e desde 17 de junho de 1997, está comprometido a reduzir os desgastes que resultam dessa problemática. 

Mas, por que debater a desertificação e a seca?

A desertificação é caracterizada pela transformação (natural ou antrópica) de uma área vegetativa em deserto. Ela pode ser descrita como a perda da capacidade produtiva dos solos, deixando-os áridos e inférteis. 

Esse processo pode ocorrer, muitas vezes, devido a atividades econômicas desenvolvidas em determinadas regiões, que ultrapassam a capacidade de suporte e sustentabilidade do solo. Desta forma, ele perde seus nutrientes e para de fazer nascer vegetação. 

Enquanto isso, a ocorrência de períodos de seca em grande quantidade pode sinalizar o início de um processo de desertificação. Isso ocorre principalmente em regiões com clima árido, semiárido e subúmido seco. Por esse motivo, a prevenção de secas tem sua importância na luta.

De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 42% das pessoas no mundo vivem em regiões secas, em risco de desertificação. No Brasil, o Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis) aponta que mais de 12% do território semiárido está em processo de desertificação. 

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Além disso, as Áreas Susceptíveis à Desertificação (ASD’s) já abrange cerca de 1.488 municípios do Nordeste. O estado de Alagoas é considerado o mais fragilizado, devido ao seu pequeno território, que já tem 32% de seu solo em processo de desertificação.

O Dia Mundial do Combate à Seca e à Desertificação visa trazer a atenção do mundo sobre como os efeitos negativos dessa degradação da terra podem impactar a humanidade em níveis ambientais, econômicos e sociais. Além de potencializar a pobreza, fome, falta de recursos naturais e prejudicar a fauna local, a desertificação também pode resultar no agravamento das mudanças climáticas. Desta forma, torna desastres naturais, como tempestades de areia, algo mais comum.

No Dia Mundial do Combate à Seca e à Desertificação é importante lembrar que a proteção dos ecossistemas terrestres é um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Essas metas devem ser usadas como parâmetro para a restauração de ecossistemas e a garantia de que as novas gerações tenham acesso a um meio ambiente preservado. 

Para saber mais sobre o assunto, confira a matéria: “Entenda o que é desertificação do solo”. 

Ana Nóbrega

Jornalista ambiental, praticante de liberdade alimentar e defensora da parentalidade positiva. Jovem paraense se aventurando na floresta de cimento de São Paulo.

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