Foto de Kobi Kadosh na Unsplash
Uma pesquisa revelou que alguns cães se comportam, em relação a seus brinquedos, de modos que se assemelham a vícios comportamentais em humanos. Embora evidências anedóticas tenham sugerido anteriormente que alguns cães apresentam comportamentos semelhantes aos de vício em relação a brinquedos, o estudo representa a primeira avaliação científica publicada sobre tais comportamentos em cães.
A descoberta foi feita a partir da análise de 105 cachorros e foi publicada no jornal Scientific Reports.
Para isso, os pesquisadores identificaram sintomas comuns dos vícios comportamentais humanos — como jogos de azar e jogos de internet, caracterizados pelo envolvimento compulsivo com atividades apesar das consequências negativas.
Então, compararam sintomas como sentir desejos e ter dificuldade em parar ou controlar um comportamento com comportamentos exibidos por 56 cães machos e 49 fêmeas — todos descritos por seus donos como motivados a brincar com brinquedos.
A idade dos cães variou de 12 meses a 10 anos, e as raças mais comuns foram Malinois (18 cães), Border Collie (9 cães) e Labrador Retriever (9 cães). Os autores também entrevistaram os donos sobre o comportamento diário de seus cães em relação aos brinquedos.
Foi observado que 33 cães apresentaram comportamentos semelhantes aos de um vício. Entre eles, estavam a fixação excessiva no brinquedo, a falta de interesse em alternativas ao brinquedo, como comida ou brincar com o tutor, a persistência em tentar acessar o brinquedo quando ele não estava disponível e a incapacidade de se acalmar por 15 minutos após a retirada de todos os brinquedos.
Além disso, quando o brinquedo estava inacessível, os cães eram mais propensos a passar mais tempo se concentrando nele e tentando acessá-lo em vez de consumir comida ou interagir com o tutor.
Apesar da descoberta, os pesquisadores ainda não apontam um motivo aparente para esse comportamento nos animais. Portanto, mais estudos devem ser feitos para analisar possíveis motivos e como isso pode causar possíveis efeitos negativos no bem-estar dos cães.
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