Tanto o colapso climático quanto a transição energética podem desestabilizar as maiores instituições financeiras do mundo, conclui FED

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Uma análise recente do Sistema de Reserva Federal dos EUA (FED) destaca os crescentes riscos que as mudanças climáticas representam para o sistema financeiro global, evidenciando como eventos climáticos extremos e a transição para energias limpas podem abalar as estruturas das maiores instituições financeiras do mundo.

Ano passado, o FED recomendou que os seis principais bancos de investimento dos EUA avaliassem sua capacidade de enfrentar uma série de impactos e cenários futuros relacionados às mudanças climáticas. Essa avaliação incluiu a análise de furacões extremos, incêndios, inundações e a transição acelerada para fontes de energia mais limpas, como parte de uma iniciativa para compreender melhor os riscos climáticos enfrentados pelo setor financeiro.

Os resultados, fornecidos por gigantes como JPMorgan Chase, Bank of America, Wells Fargo, Goldman Sachs, Morgan Stanley e Citigroup, enfatizam que tanto os desastres naturais quanto a mudança para fontes de energia mais limpas têm implicações financeiras significativas, incluindo o aumento da probabilidade de inadimplência nos empréstimos.

Por exemplo, um furacão classificado como “severo” atingindo a região Nordeste dos EUA em 2050 poderia comprometer quase metade dos empréstimos imobiliários residenciais combinados de cinco grandes bancos na área.

Apesar da clareza proporcionada pelos dados agregados, a análise carece de detalhes sobre a preparação individual de cada banco para diferentes cenários e sobre a extensão exata das ameaças. A complexidade da modelagem de desastres naturais futuros e da transição para energias limpas fica evidente, destacando desafios como lacunas significativas de dados sobre seguros de propriedade e características dos edifícios.

Essa análise chega após anos de apelos de defensores do clima e da administração Biden para que os reguladores financeiros considerem o potencial das mudanças climáticas de desestabilizar o sistema financeiro dos EUA.

Onofre de Araújo Neto

Onofre de Araujo Neto é cofundador, CEO e Publisher do Portal eCycle, veículo digital pioneiro no Brasil e uma das principais referências em informação e práticas de sustentabilidade. Na função de Publisher, exerce o papel de orientação estratégica da linha editorial, assegurando coerência, qualidade e credibilidade na difusão de conteúdos. Sua atuação garante que a curadoria de pautas esteja alinhada com os princípios de uma educação ambiental crítica, apoiada em uma comunicação acessível e responsável. O posicionamento editorial do portal fundamenta-se na promoção do consumo consciente e na capacitação dos leitores para compreenderem seu papel no enfrentamento dos principais dilemas socioambientais da atualidade. Essa abordagem integra de forma ampla e interconectada temas como mudanças climáticas, economia circular, biodiversidade, transição energética e justiça social, reconhecendo-os como dimensões complementares de um mesmo desafio global. Nesse contexto, sua missão é traduzir debates complexos em informação clara e mobilizadora, fortalecendo a consciência crítica e estimulando a ação responsável dos leitores. O compromisso editorial é, portanto, oferecer não apenas notícias, mas caminhos para a construção de uma sociedade mais sustentável e justa. Com mais de uma década de experiência à frente do eCycle, é responsável por assegurar a credibilidade e a relevância das publicações do portal, atuando também como seu representante institucional e porta-voz oficial.

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