Crédito de imagem: BAM
O Federal Institute for Materials Research and Testing (BAM), da Alemanha, desenvolveu um novo dispositivo capaz de detectar PFAs na água. O método, publicado na Nature, analisa o corpo d’água em 15 minutos e proporciona resultados precisos.
Os PFAs podem ser classificados como poluentes orgânicos persistentes. Isso significa que eles são altamente tóxicos, permanecem no meio ambiente e no organismo de animais e seres humanos por muito tempo e bioacumulam e biomagnificam.
Desde a década de 50, pesquisadores vêm expondo os efeitos desses químicos na saúde humana. No entanto, a maioria de seus impactos na saúde e no meio ambiente ainda estão sendo desvendados pela comunidade científica, com alguns estudos sugerindo que a exposição aos PFAs pode levar ao desenvolvimento de condições como o câncer.
Até então, a detecção dessas substâncias era consideravelmente difícil, cara e somente possível em laboratórios. No entanto, o novo dispositivo é compacto e detecta PFAs diretamente no local em amostras aquosas — até nas menores quantidades.
O sistema funciona com uma combinação de minúsculas partículas fluorescentes e uma plataforma microfluídica — como um mini laboratório de bolso. Após o preparo da amostra de água, o dispositivo exibe um sinal claro caso haja presença de PFAs.
“Nosso objetivo era criar um sistema robusto, fácil de usar e escalável. A combinação da ciência dos materiais com a microfluídica abre novas possibilidades para o monitoramento de processos de limpeza e remediação no contexto da gestão ambiental — não apenas para PFAs, mas também para outros poluentes”, explica Knut Rurack, especialista em sensores químicos e ópticos do BAM.
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