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Mudar a forma como o mundo se alimenta pode reduzir mortes prematuras e retardar os impactos das mudanças climáticas, segundo novo relatório. O documento foi publicado pela Comissão EAT-Lancet de 2025, uma coalizão de especialistas em nutrição, clima, economia, saúde e agricultura de mais de 35 países.
Hoje, um terço das emissões de gases de efeito estufa vêm do sistema alimentar global e combater a crise climática é impossível sem mudar a forma como o mundo se alimenta, disseram os pesquisadores.
A dieta, conhecida como “Dieta da Saúde Planetária” é um plano alimentar flexível, que permite o consumo moderado de alimentos de origem animal, mas que também promove alimentações veganas e vegetarianas. No entanto, todas as versões recomendam comer mais vegetais, frutas, nozes, legumes e grãos integrais do que a maioria das pessoas no mundo come atualmente.
Em vez da eliminação da carne, os especialistas sugerem o consumo moderado de carne vermelha, aves, peixes, ovos e laticínios. Por exemplo, o grupo recomenda apenas uma porção de carne vermelha, duas porções de peixe e aves e três a quatro ovos por semana. Eles também pedem limites rigorosos para açúcares adicionados, gorduras saturadas e sal.
Em geral, a Dieta da Saúde Planetária recomenda uma alimentação flexível e rica em vegetais, incluindo:
Segundo os especialistas, junto com e medidas relacionadas, a dieta pode reduzir pela metade as emissões resultantes da indústria alimentícia até 2050, além de possivelmente evitar cerca de 15 milhões de mortes prematuras anualmente.
“A Dieta da Saúde Planetária não é uma abordagem única para todos. Ela permite a diversidade cultural e as preferências individuais, proporcionando flexibilidade dentro de diretrizes claras para alcançar resultados ideais de saúde e sustentabilidade em todo o mundo”, disse Walter C. Willett, copresidente da comissão e professor de epidemiologia e nutrição na Escola de Saúde Pública T.H. Chan de Harvard.
Além disso, o relatório recomenda a mudança de impostos para tornar os alimentos não saudáveis mais caros e os alimentos saudáveis mais baratos e a mudança dos subsídios agrícolas para alimentos mais saudáveis e sustentáveis.
“O que colocamos em nossos pratos pode salvar milhões de vidas, reduzir bilhões de toneladas de emissões, interromper a perda de biodiversidade e criar um sistema alimentar mais justo. As evidências são inegáveis: transformar os sistemas alimentares não só é possível, como é essencial para garantir um futuro seguro, justo e sustentável para todos”, disse o Prof. Johan Rockström, copresidente da Comissão EAT-Lancet, que produziu o relatório.
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