Imagem: Divulgação/HomeBiogas
Você já imaginou transformar o lixo orgânico da sua casa em gás de cozinha ou adubo natural? Com um biodigestor residencial, isso é possível. O biodigestor é um sistema que realiza a decomposição anaeróbica (sem oxigênio) de resíduos orgânicos. Podem ser fezes de animais de estimação ou restos de alimentos. A partir daí, ele gera como produto final biogás e biofertilizante. Esse sistema é conhecido por ser usado na área rural para tratar os resíduos agropecuários, em fazendas e granjas, por exemplo. No entanto, o biodigestor residencial é modelo menor e que pode ser usado tanto em propriedades rurais quanto em residências urbanas. Ele é compacto, eficiente e de baixo custo.
O biodigestor residencial é dividido em duas partes: o digestor anaeróbio e o gasômetro localizado na parte superior.
O biodigestor residencial deve ser instalado em um local arejado e ensolarado. Isso porque as bactérias necessitam de calor para se multiplicarem rapidamente. Como o processo é anaeróbio, não há problemas com odores e pode ser instalado perto das residências.
A manutenção é simples! Deve-se observar sempre a válvula, que tem que estar no mesmo nível da água. Já a limpeza do biodigestor residencial é feita através de um dreno de fundo.
No digestor podem ser colocados quaisquer tipos de biomassa. Restos de alimentos, grama, fezes de animais de estimação e até humanas, além de outros resíduos orgânicos, são bem vindos. A produção não será significativa usando apenas alimentos, o ideal é alimentar o biodigestor com restos de alimento e fezes.
Toda a matéria orgânica inserida no biodigestor residencial servirá de alimento para as bactérias que decompõem esse material. Dessa forma são gerados o biogás e o biofertilizante, como produto da reação.
Como recomendação, o ideal é que a alimentação do biodigestor residencial seja feita metade por resíduos sólidos e metade por líquidos. Além disso, quanto menor a partícula, mais rapidamente será deteriorada e gerará mais gás. Portanto, o processo fica mais rápido e eficaz se os resíduos passarem por um moedor antes de irem para o biodigestor.
Não poderão ser inseridos minerais como areia e pedras. Estes são materiais inorgânicos que não são decompostos pelas bactérias anaeróbias.
O biodigestor residencial demora em torno de 30 dias para iniciar a fabricação do biogás. A produção é equivalente a um botijão de gás por mês, podendo variar dependendo do tipo de biomassa (resíduo), temperatura, tamanho das partículas e movimentação do resíduo.
O biogás gerado pelo processo é armazenado no gasômetro e é transportado por meio de uma mangueira até o local em que será utilizado.
O equipamento que receberá o biogás pode precisar de adaptação para receber o gás. Por exemplo: se você for utilizar o biogás em um fogão tradicional, o bico de entrada do fogão terá que ser adaptado, pois o bico de passagem do biogás é de maior diâmetro (porque o biogás tem pressão menor do que o gás natural).
A quantidade de biofertilizante gerada é diretamente proporcional à quantidade de resíduos inserida no biodigestor residencial. Ou seja, se você alimentar o biodigestor com o volume de um balde (20 litros) por dia, gerará 20 litros de biofertilizante. Em geral o kit do biodigestor residencial já vem com um recipiente para coletar o biofertilizante que será gerado pelo processo da biodigestão.
O biofertilizante gerado é rico em nutrientes (nitrogênio, fósforo e potássio, ou NPK), podendo ser utilizado para irrigação de uma horta, por exemplo. Porém, caso você não tenha onde utilizá-lo, e nem um vizinho para quem doar, você pode descartar esse material em qualquer local de descarte líquido, exceto rios e nascentes em geral.
O biodigestor residencial é uma solução rápida e eficiente para o tratamento de resíduos orgânicos domésticos. Ele é ideal para residências e/ou propriedades rurais, e pode ser montado pelo próprio usuário. Os produtos desse tipo vêm acompanhados de um manual.
Ele também traz benefícios tanto para o bolso quanto para o meio ambiente. Ele reduz a quantidade de lixo orgânico descartado, evita a emissão de gases poluentes e ainda gera biogás, que pode substituir parte do uso do gás de cozinha. Além disso, produz um biofertilizante natural, que dispensa o uso de produtos químicos e pode ser usado em hortas e jardins, gerando economia e promovendo práticas mais sustentáveis no dia a dia.
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