Loja
Apoio: Roche

Saiba onde descartar seus resíduos

Verifique o campo
Inserir um CEP válido
Verifique o campo

Bens e serviços de valor intangível são o foco da economia criativa, que se baseia na venda de experiências

O termo Economia Criativa caracteriza uma nova forma econômica em ascensão no mundo de hoje. Como o nome indica, ela diz respeito à geração de valor por meio da criatividade. São produtos e serviços baseados no capital intelectual e cultural e que buscam melhorar, inovar ou resolver problemas.

Vender experiências é um dos lemas da Economia Criativa, como explica o pesquisador inglês John Howkins, um dos grandes especialistas no tema, no vídeo abaixo. O setor do varejo é o que tem maior destaque e potencial na área, pois possui mais liberdade para criar diferentes soluções para cada tipo de público. A liberdade é um dos pré-requisitos para que a criatividade venha à tona, possibilitando o desenvolvimento de novos produtos em resposta a demandas ou interesses específicos, com um maior cuidado e atenção aos recursos ambientais.

A Economia Criativa se divide em quatro grandes áreas: consumo, mídias, cultura e tecnologia. São negócios nos mais variados segmentos que se agrupam nessas categorias e que se identificam com os movimentos e tendências da inovação e da criatividade. São exemplos empresas de desenvolvimento de softwares e videogames, grupos culturais, escritórios de design, artistas plásticos, produtores de artesanato, restaurantes e agências de turismo cultural.

Economia Criativa no Brasil

No Brasil, o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) é um dos grandes incentivadores do setor da Economia Criativa, que em 2015 gerou uma riqueza de R$ 155,6 bilhões para a economia brasileira, segundo o “Mapeamento da Indústria Criativa no Brasil”, publicado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) em dezembro de 2016. Esse valor equivale a 2,64% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional de 2015, com 851,2 mil profissionais formais empregados na chamada indústria criativa. O Ministério da Cultura teve entre 2012 e 2015 uma Secretaria de Economia Criativa, que abrangia diversas áreas culturais, criação de games e serviços de comunicação e publicidade. A pasta atualmente se chama Secretaria de Economia da Cultura e abarca oficialmente somente atividades culturais.

Relatórios de Economia Criativa

A ONU publica desde 2008 alguns relatórios sobre o tema. O Relatório de Economia Criativa 2010, produzido pela UNCTAD (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento) em parceria com o PNUD, destaca que “a Economia Criativa se tornou uma questão atual da agenda econômica e de desenvolvimento internacional durante esta década. Estimulada de forma adequada, a criatividade incentiva a cultura, infunde um desenvolvimento centrado no ser humano e constitui o ingrediente chave para a criação de trabalho, inovação e comércio, ao mesmo tempo em que contribui para a inclusão social, diversidade cultural e sustentabilidade ambiental.”

O relatório enfatiza ainda que o setor foi um dos menos afetados pela crise econômica mundial, pois se baseia em novos preceitos, adotando relações de trabalho mais igualitárias e políticas públicas de consumo mais justas, sustentáveis e inclusivas. Conceitos como venda direta do produtor para o consumidor, valorização da identidade local, produção sob demanda e consumo de bens personalizados são diretrizes que impulsionam o mercado criativo.

As pequenas e médias empresas são a maioria nesse setor, embora algumas grandes companhias já adotem práticas como liberar uma porcentagem do tempo do trabalhador para ser dedicada a projetos de inovação. Os bens e serviços comercializados, em geral, tem um valor intangível, baseado na venda de experiências, o que propõe aos consumidores uma nova relação com os produtos. A ideia é consumir menos para consumir melhor, seja conhecendo as pessoas de quem você compra ou incentivando modelos de negócio sustentáveis e com preocupação ambiental.

Para saber mais, confira este vídeo em que a especialista e pioneira no setor Lala Deheinzelin explica a relação entre Economia Criativa e Sustentabilidade.

Sebrae e parcerias

O Sebrae atua em parceria com entidades representativas da Economia Criativa em âmbito nacional. As parcerias são negociadas e formalizadas conforme os normativos internos da instituição e a metodologia de gestão de projetos.

Além disso, o Sebrae está presente em todos os estados e, mesmo que o seu estado não tenha projeto específico, há ações voltadas para o atendimento de empresários da Economia Criativa. Conheça as entidades parceiras do Sebrae nesse segmento:

  • Playbor;
  • EraTransmídia;
  • Brazilian Content;
  • Ministério da Cultura;
  • BMA – Brasil music exchange;
  • IAB – Instituto Alvorada Brasil;
  • BGD – Brasil Games Developers;
  • BNDES – Cultura e Economia Criativa;
  • Ancine – Agência Nacional do Cinema;
  • Bravi – Brasil Audiovisual Independente;
  • Idea – Instituto de Direito, Economia Criativa e Artes;
  • ABMI – Associação Brasileira da Música Independente;
  • Apro – Associação Brasileira da Produção de Obras Audiovisuais;
  • Abragames – Associação Brasileira dos Desenvolvedores de Jogos Digitais.

Segundo essa mesma instituição, a Economia Criativa estimula a geração de renda, cria empregos e produz receitas de exportação, enquanto promove a diversidade cultural e o desenvolvimento humano. Nesse cenário, ela pode ser considerada como um importante segmento para os países investidores.


Utilizamos cookies para oferecer uma melhor experiência de navegação. Ao navegar pelo site você concorda com o uso dos mesmos. Saiba mais