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Confira os prós e os contras do uso das redes sociais no dia a dia e descubra como ser um usuário consciente

As redes sociais são sites e aplicativos projetados para permitir que as pessoas compartilhem conteúdo de forma rápida, eficiente e em tempo real. Certamente, em plena era digital, você já faz parte de alguma – ou de várias – delas. Juntas, as redes sociais contam com bilhões de usuários ativos no mundo todo, que podem acessá-las a qualquer momento e em qualquer lugar por meio de smartphones, tablets, computadores e notebooks conectados à internet.

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Internet das coisas: tecnologia domina objetos

Simulando “redes sociais” presenciais, essas ferramentas digitais de compartilhamento de conteúdo nos possibilitam conversar com amigos e familiares que estão fisicamente distantes, conhecer pessoas de vários países e até mesmo montar um bom networking para ampliar as oportunidades profissionais – como o Linkedin, que é uma rede social voltada para discussões e conexões sobre o mercado de trabalho, com mais de 300 milhões de usuários ativos.

Algumas das principais redes sociais são Facebook, Instagram, WhatsApp (todas comandadas pelo empresário norte-americano Mark Zuckerberg) e Twitter. Além disso, temos também o YouTube, que é uma plataforma de vídeos que permite aos usuários criar canais sobre vários assuntos e atingir um público muito maior do que seria possível em outras mídias. No Brasil, a maior rede social é o Facebook, com um número de usuários que ultrapassa, sozinho, a casa dos bilhões.

A capacidade de compartilhar fotos, opiniões e eventos nas redes sociais transformou a maneira como vivemos, nos relacionamos, consumimos e interagimos com empresas e clientes. Se as primeiras redes eram voltadas somente para entretenimento, cada vez mais elas permeiam todos os aspectos da vida cotidiana: as redes sociais têm se tornado ambientes propícios para fazer negócios, criar conexões profissionais, divulgar e conhecer produtos e muito mais.

No entanto, nem tudo nas redes sociais é vantagem! Embora elas tenham um lado muito positivo, muitos especialistas destacam os pontos negativos, comparando seu uso excessivo a um vício, que pode desencadear problemas como estresse, baixa autoestima e ansiedade. O National Center for Biotechnology Information, dos Estados Unidos, relaciona o uso pesado das mídias sociais à depressão. Além disso, as mídias sociais também são um ambiente propício para a propagação de informações enganosas e notícias falsas, uma vez que o usuário pode escrever – e compartilhar – o que quiser nas redes, sem a necessidade de mencionar fontes adequadas.

Redes sociais e a divulgação de fake news

As redes sociais são importantes plataformas de mobilização política. No Brasil, por exemplo, os protestos de junho de 2013, inicialmente convocados contra o aumento de 20 centavos nas passagens de ônibus na capital paulista e conhecidos como Jornadas de Junho, foram planejados e divulgados prioritariamente via Facebook.

Por outro lado, elas também permitem a publicação e o compartilhamento de conteúdos falsos, replicados à exaustão, que atingem milhares de pessoas diariamente. No Brasil, as eleições de 2018 ficaram marcadas por polêmicas em torno da campanha de Jair Bolsonaro, cuja equipe é investigada pela CPI das Fake News. Nos Estados Unidos, em 2016, Donald Trump assumiu a posição de maior liderança do mundo, mesmo tendo participação direta na divulgação de inverdades e notícias falsas por meio das redes sociais.

Além disso, plataformas como Facebook e WhatsApp são veículos poderosos para a propagação de teorias da conspiração potencialmente perigosas, como curas naturais milagrosas para o câncer, boatos que estimulam a xenofobia, inverdades sobre vacinas e doenças e outras informações mentirosas que promovem medo e paranoia coletiva.

As mídias sociais não são, definitivamente, responsáveis pela desinformação em massa. No entanto, a falta de verificação de fontes, o anonimato a liberdade que elas proporcionam são um prato cheio para que as fake news se espalhem descontroladamente.

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Redes sociais e saúde mental

Distúrbios do sono

Pesquisadores do departamento de epidemiologia e bioestatística da Escola de Medicina e Odontologia Schulich do Western têm trabalhado para entender a relação entre sono, uso de redes sociais e saúde mental entre os jovens.  O professor Kelly Anderson examinou especificamente o papel das redes sociais na equação por meio de uma revisão de estudos publicados anteriormente.

Segundo ele, a relação é bidimensional, parte de processo maior que se retroalimenta: se você não está dormindo bem, provavelmente vai usar as redes sociais com mais frequência, o que terá impacto na sua saúde saúde mental, que, por sua vez, afetará seu sono e assim por diante.

A revisão encontrou associações significativas entre o uso excessivo de mídia social e resultados ruins de saúde mental, bem como entre má qualidade do sono e saúde mental negativa. O uso frequente de mídia social foi um fator de risco para problemas de saúde mental e distúrbios do sono.

Os problemas relacionados ao sono entre adolescentes são uma preocupação de saúde pública. Até 25 por cento dos canadenses de 12 a 15 anos relatam dificuldades para dormir mais de uma vez por semana. Uma das maneiras de promover a boa saúde do sono é limitar o tempo de tela antes de dormir.

Depressão

De acordo com um estudo publicado na revista científica American Journal of Preventive Medicine, o uso de redes sociais está associado ao desenvolvimento de depressão. Na análise, foram avaliados 990 jovens norte-americanos, com idades entre 18 e 30 anos, que tiveram acompanhamento durante seis meses.

Ao final do estudo, os pesquisadores descobriram que 9,6% dos participantes tinham desenvolvido algum grau de depressão durante o acompanhamento, com diferenças de impacto significativas de acordo com o tempo de uso de mídias sociais. Aqueles que apresentavam níveis mais altos de frequência no uso das mídias sociais tiveram maior risco de desenvolver depressão.

Estudos anteriores já haviam demonstrado associações transversais entre o uso de mídia social e depressão, mas suas associações temporais e direcionais não foram relatadas. A depressão é uma doença cada vez mais comum nos Estados Unidos, sendo recentemente declarada como a principal causa global de incapacidade pela OMS. Somente nos Estados Unidos, o fardo econômico da depressão ultrapassa os 200 bilhões de dólares anuais, em virtude da redução da produtividade do trabalhador, do aumento das despesas médicas e da frequência de suicídios.

Ansiedade

Estudos revelam que pessoas que sofrem de transtorno de ansiedade social podem apresentar risco elevado de transtorno de dependência à Internet. Além disso, existe o risco da comparação: ver todas as coisas boas sobre as quais seus amigos do Facebook ou Twitter estão postando pode fazer você se sentir excluído ou inadequado. A mesma coisa para ver quantos “curtidas” ou comentários outras pessoas recebem em suas postagens em comparação com os seus.

Um estudo conduzido pela Universidade de Copenhagen descobriu que muitas pessoas sofrem de “inveja do Facebook”, que causa ansiedade. A “inveja do Facebook” (que pode ser aplicada também a outras redes, como o Instagram) leva à percepção errônea de que a “grama do vizinho é sempre mais verde”, despertando sentimentos de inadequação e insatisfação com a própria vida. O hábito de se comparar com outras pessoas nas redes pode ser muito prejudicial à saúde mental.

Além disso, as redes sociais podem dar a falsa sensação de que a nossa necessidade de manter conexões sociais está sendo suprida – afinal, estamos virtualmente rodeados de amigos 24 horas por dia nas plataformas digitais. No entanto, essa sensação pode fazer com que pessoas com transtorno de ansiedade social – especialmente jovens – deixem de estabelecer conexões reais, que são necessárias para o desenvolvimento cognitivo e para a manutenção da saúde mental.

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Dicas para o uso saudável das redes sociais

Fique atento ao tom do que você compartilha ou comenta

Permanecer positivo e aberto provavelmente encorajará outras pessoas a interagirem com você. Evite ser negativo ou reclamão nas redes.

Equilibre o tempo que você passa online com o tempo gasto em conexões do mundo real

Você também pode usar o tempo em que está conectado para planejar eventos no mundo real.

Pratique a atenção plena

Tente ficar ciente do que está ao seu redor para evitar que as redes sociais consumam todo o seu dia.

Inscreva-se em grupos de encontros ou junte-se a pessoas que tenham interesses e hobbies semelhantes aos seus

Isso pode ser particularmente útil se você tiver um círculo social muito limitado na vida real e quiser usar as redes sociais para aumentar suas conexões.

Lembre-se de que nem tudo online é 100% verdade

O que você vê em sites de redes sociais não é, necessariamente, uma representação verdadeira da vida de pessoas que você conhece. Algumas pessoas compartilham apenas o positivo, outras podem apenas compartilhar o negativo. Evite se comparar aos outros.

Modere o uso

Use as redes sociais como recompensa por fazer outras coisas no mundo real, para evitar que você caia em um padrão viciante.

Verifique as fontes das informações que recebe

Existem muitos sites disponíveis para você verificar se aquela notícia recebida de fato corresponde à verdade. Procure investigar as fontes e não acredite de cara em tudo o que chega até você! Notícias falsas são um assunto sério e podem levar a consequências graves.

Vídeo do canal Saber Coletivo

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