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O bitcoin, uma criptomoeda descentralizada, ou seja, uma moeda digital que não é regulada por nenhum Banco Central, tem atraído olhares dos investidores por sua rápida valorização. A cotação da moeda passou da casa dos 3 mil dólares por bitcoin em agosto deste ano para 16 mil dólares por unidade da moeda digital nesta semana. Com uma valorização tão rápida, muita gente tem se animado a entrar no mundo dos investimentos e colocar algum dinheiro em bitcoins. Mas você já se perguntou qual é o custo ambiental de um bitcoin? Será que o ritmo acelerado de crescimento compensa seus impactos?

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Sim, uma moeda digital também causa danos ao planeta Terra – assim como o armazenamento de dados digitais causa poluição e desperdício de energia. Os bitcoins não surgem do nada, eles precisam ser produzidos, em um processo chamado de “mineração”. Para gerar novas unidades da moeda, computadores trabalham 24h por dia resolvendo problemas matemáticos, que vão ficando mais complexos com o passar do tempo. A tática foi criada para regular a quantidade de moedas disponíveis no mercado.

Conforme os computadores resolvem os problemas, seus donos são recompensados com frações de bitcoins – ou seja, milhares de dólares. No entanto, para fazer a mineração são necessárias máquinas super potentes, com um alto desempenho de hardware e que consomem muita energia. Assim, conforme cresce a procura pela moeda digital, aumenta também o número de pessoas interessadas em colocar seus computadores para trabalhar na mineração.

O que começa a ser discutido agora é qual o impacto ambiental dessa produção de moedas digitais. Como destacou o meteorologista e especialista em mudanças climáticas Eric Holthaus, as transações financeiras digitais vêm com um custo para o mundo real, uma vez que a demanda por energia para a mineração de bitcoins tende a um crescimento exponencial. Atualmente, cada transação feita com bitcoins demanda a mesma quantidade de energia suficiente para alimentar 9 casas nos EUA por um dia inteiro. O poder computacional da rede envolvida com os bitcoins já é 100 mil vezes maior que os 500 computadores mais rápidos do mundo juntos.

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Essa rede por trás dos bitcoins pode se tornar um grande dreno para a energia mundial. O consumo energético total dos potentes hardwares é estimado em 31 terawatts/hora por ano, consumo maior que o de 150 países no mundo. Além disso, a demanda do sistema aumenta a cada dia em cerca de 450 gigawatts/hora, valor próximo ao que o Haiti consome em um ano inteiro.

A previsão é de que, se continuar nesse ritmo, a demanda energética para manter o sistema bitcoin irá ultrapassar a quantidade disponível em apenas alguns meses, exigindo a criação de novos geradores elétricos. Assim, a expansão do bitcoin vai contra todos os esforços que têm sido feitos para usar energias limpas, diminuir as emissões de CO2 e conter o O que é aquecimento global?” target=”_blank”>aquecimento global. A tendência da rede bitcoin, conforme as hidrelétricas e outras formas de gerar energia limpa fiquem sobrecarregadas, é recorrer aos combustíveis fósseis. Então, antes de investir nessa nova moeda, pense no preço real que ela pode ter para o futuro do planeta.

Confira o vídeo (em inglês, com legendas em português) e entenda mais sobre o bitcoin.


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