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Tecnologia será utilizada por robôs Ecobot, ainda em desenvolvimento

Pesquisadores da University of the West of England e da University of Bristol, ambas no Reino Unido, desenvolveram uma nova tecnologia curiosa: um coração humano artificial desenvolvido no mesmo formato do órgão, só que voltado para robôs. Em vez de sangue, ele é movido por energia elétrica gerada por células microbianas alimentadas por, nada mais nada menos, urina humana.

O protótipo, que funciona com apenas dois mililitros de urina humana fresca, apresentou resultados positivos e poderá ser empregado como uma bomba de circulação de fluídos em robôs que utilizem energia a partir de resíduos orgânicos. Porém, os robôs em si ainda estão em desenvolvimento. Apenas o coração já está pronto.

De onde vem a energia?

O coração é autônomo energeticamente, ou seja, gera sua própria energia. Ele faz uso de células de combustível microbianas, onde os micróbios vivos digerem a matéria-prima orgânica e, em seguida, produzem elétrons que são transferidos para o eletrodo, gerando reação química e, posteriormente, energia elétrica.

Trata-se de mais um passo no projeto dos Ecobots (robôs ecológicos). Esse tipo de máquina apresenta sucesso utilizando uma variedade de matérias orgânicas, como lodo de esgoto, urina humana, frutas e verduras podres e insetos mortos. A energia produzida a partir desses resíduos poderia ser usada para tarefas de sensoriamento ambiental, medição de níveis de qualidade do ar e monitoramento de poluição – são necessários baixos níveis de energia para a execução das mesmas. O modelo que utilizará urina será o Ecobot IV.

Protótipo

A bomba do coração é feita quase que totalmente por meio de uma impressora 3D. Ela é modelada em forma de coração com materiais compressíveis: os músculos artificiais são feitos com fibras de NiTi; as válvulas cardíacas têm borracha como matéria-prima; e as artérias artificiais são de silicone. As partes que apresentam maior rigidez foram fabricadas com plástico mais duro e as seções macias foram projetadas em silicone a partir de moldes impressos em 3D.

Como funciona?

O recipiente principal do “coração” é preenchido de forma manual com o fluído (água e urina). Na etapa seguinte, uma corrente elétrica é aplicada nas fibras musculares artificiais. Assim, a corrente aquece as fibras e faz com que elas se contraiam. A partir de então, o recipiente principal é comprimido e empurra o líquido para fora por meio de um tubo de saída. Quando a corrente elétrica é suspensa, os músculos artificiais relaxam e o “corpo” relaxa e se expande novamente. Esses movimentos são semelhantes aos do nosso coração.

Confira o vídeo que demonstra esse processo:

Apesar de realmente ter funcionado, pesquisadores admitiram que o nível de eficiência de conversão de energia é de apenas 0,11% – considerado extremamente baixo. Entretanto, como eles também destacam, o coração é apenas uma prova de conceito, e ainda não houve investigações sobre como aumentar o nível de eficiência. Os pesquisadores também dizem que já possuem algumas ideias sobre como contornar esse problema.

Assista a outro vídeo sobre a novidade:

 

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