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A logística reversa para o resíduo eletrônico no Brasil ainda esbarra em inúmeros entraves

Imagem: Pixabay / CC0

A Associação Brasileira de Empresas de Tratamento de Resíduos e Efluentes (Abetre) acaba de lançar um levantamento inédito com o mapa do resíduo eletrônico no Brasil e o ranking dos estados geradores do material.

De acordo com levantamento da Abetre, o estado de São Paulo encabeça a lista dos maiores geradores de resíduo eletrônico, com cerca de 448 mil toneladas ao ano. O Rio de Janeiro figura na segunda posição, com aproximadamente 165,2 mil toneladas do material, seguido por Minas Gerais com 127,4 mil toneladas anuais.

O panorama do resíduo eletrônico da Abetre foi elaborado com base nos dados recentes divulgados pela Organização das Nações Unidas (ONU), que mostra um volume de 1,4 milhão de toneladas de resíduos eletrônicos gerados em 2015 no Brasil. O estudo da entidade também leva em conta os números de atividade econômica por estado brasileiro do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O estado do Paraná aparece na quarta posição do ranking, com cerca de 86,8 mil toneladas produzidas de resíduo eletrônico. O Rio Grande do Sul aparece logo abaixo, com 86 mil toneladas, seguido por Santa Catarina, que registra aproximadamente 61,6 mil toneladas do material.

De acordo com o presidente da Abetre, Carlos Fernandes, a logística reversa para o resíduo eletrônico no Brasil ainda esbarra em inúmeros entraves que impedem o seu avanço efetivo. Segundo Fernandes, ainda não há no país um grande acordo setorial para a destinação desse material, como foi feito, por exemplo, com as embalagens de óleo e os pneus.

No caso dos pneus, o acordo setorial fez surgir a ONG Reciclanip e já garantiu a coleta de cerca de mil toneladas do produto inservível, em quase 900 pontos de recebimento espalhados em 26 estados brasileiros. Em relação às embalagens de óleo, os principais fabricantes representados pelo sindicato patronal assinaram em 2012 o primeiro acordo setorial perante o Ministério do Meio Ambiente, em que foram estabelecidos objetivos e metas, além de definir a cadeia de responsabilidade. Posteriormente criaram a entidade gestora do programa de logística reversa de embalagens de óleo lubrificantes, denominada Instituto Jogue Limpo.

“O Brasil precisa, portanto, acelerar os acordos setoriais que garantam o cumprimento das metas e prazos pactuados também no setor de eletrônicos”, comenta Fernandes. A Abetre defende, inclusive, a criação de uma licença prévia para produzir e para importar produtos. “No caso dos eletrônicos, o quase todos os produtos comercializados e posteriormente descartados são importados e, evidentemente, o importador deve ser parte integrante da cadeia de responsabilidade pelo resíduo gerado”, diz o presidente da Abetre.

O executivo aponta ainda o fator cultural como entrave para a logística reversa do resíduo eletrônico no País. “Mais de 500 milhões de equipamentos eletrônicos permanecem sem uso nas residências brasileiras”, conclui.

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