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SERVIR-Amazonia vai utilizar dados de satélite para desenvolver soluções de enfrentamento a queimadas e enchentes; primeiro workshop para implementação do projeto no país acontece neste mês

O Brasil vai contar com uma nova iniciativa poderosa para enfrentar os desafios climáticos. Trata-se do SERVIR-Amazonia, um programa global da NASA (Administração Nacional de Aeronáutica dos Estados Unidos) e da USAID (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional) que visa conectar os mais recentes avanços em sensoriamento remoto com demandas regionais associadas a preservação e desenvolvimento sustentável na Amazônia. Na prática, utiliza dados de satélite e tecnologias geoespaciais para co-desenvolver soluções com organizações regionais, de combate a eventos climáticos extremos, como incêndios florestais e enchentes.

Presente em 41 países, com 42 serviços já disponíveis ou em desenvolvimento, o SERVIR Global terá no Brasil, Colômbia e Perú seu quinto centro regional, sob coordenação do Centro Internacional de Agricultura Trocical (CIAT) e aliança com o Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora). No processo de engajamento com as instituições usuárias locais, será realizado em Brasília, nos próximos dias 23 e 24 de outubro, o workshop “Consulta sobre as necessidades dos usuários do programa SERVIR-Amazônia”, com representantes da NASA, USAID, CIAT e organizações brasileiras.

Direcionado às instituições usuárias de tecnologia geoespacial de observação da Terra, o workshop vai avaliar as necessidades e oportunidades para o co-desenho, co-desenvolvimento e co-entrega de serviços de informação geoespacial, apresentando, como contextualização, as soluções já desenvolvidas que podem contribuir para o enfrentamento de ameaças climáticas. No Brasil, poderão se associar à iniciativa órgãos do governo, como Ministério da Ciência e Tecnologia (INPE, Cemaden, AEB e INPA), Ministério do Meio Ambiente (Ibama e ICMBio), Ministério da Defesa (Censipam), Ministério Público, universidades e centros de pesquisa e centros de monitoramento estaduais, instituições de inovação e amparo a pesquisa, como CAPES e CNPq, e ONGs que trabalham com a questão climática, além de organizações privadas.

Os serviços oferecidos pelo SERVIR são sempre pensados a partir das próprias demandas dos usuários. “Pode haver dificuldade, por exemplo, de mapear as queimas prescritas ou as cicatrizes de queimadas. O SERVIR-Amazonia poderia fomentar o co-desenvolvimento de soluções tecnológicas, com base na ciência de dados geoespacial, e contribuir na identificação dessas cicatrizes e ajudar na priorização do trabalho das brigadas de combate a queimadas”, exemplifica José Leandro Fernandes, do CIAT, sediado em Cali-Colômbia, que lidera a implementação do projeto na América Latina.

O SERVIR-Amazonia conta ainda com a parceria do Grupo de Informática Espacial (SIG), dos Estados Unidos, e da Conservación Amazónica (da ACCA), do Peru, além do Imaflora. “Vamos coordenar o hub brasileiro do projeto, apoiando a implementação do programa no país, engajando as partes interessadas e sendo responsável pela condução de treinamentos e outras atividades que venham a ser desenvolvidas com instituições brasileiras”, explica Marina Piatto, gerente de clima e cadeias agropecuárias do Imaflora.

Além do Brasil, países como Peru, Colômbia, Equador, Suriname e Guiana também contarão com ações do SERVIR-Amazonia, em quatro áreas temáticas de serviço: risco de secas e incêndio, gestão de recursos hídricos e desastres hidroclimáticos, tempo e clima e gestão de ecossistemas. Durante cinco anos, o SERVIR-Amazonia trabalhará com diversos parceiros regionais para compreender as necessidades locais e regionais e criar ferramentas, produtos, treinamentos e serviços para que as instituições mandatárias da tomada de decisão ambiental no bioma Amazônia possam melhorar seu processo decisório, além de incorporar mais adequadamente a voz de mulheres, povos indígenas e suas comunidades às suas decisões.

Sobre o Imaflora

O Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) é uma associação civil sem fins lucrativos, criada em 1995, que nasceu sob a premissa de que a melhor forma de conservar as florestas tropicais é dar a elas uma destinação econômica, associada a boas práticas de manejo e a uma gestão responsável dos recursos naturais. O Imaflora acredita que a certificação socioambiental é uma das ferramentas que respondem a parte desse desafio, nos setores florestal e agrícola, com forte poder indutor do desenvolvimento local sustentável.

Dessa maneira, o instituto busca influenciar as cadeias produtivas dos produtos de origem florestal e agrícola, colaborar para a elaboração e implementação de políticas de interesse público e, finalmente, fazer, de fato, a diferença nas regiões em que atua, criando modelos de uso da terra e de desenvolvimento sustentável que possam ser reproduzidos em outros municípios, regiões e biomas do país.

Mais informações, no site.



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