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ONG realizou em 2015 o primeiro censo de resíduos que poluem as praias, a orla costeira e os fundos marinhos

Imagem: Instalação de Gabriel Orozco feita com lixo recolhido em locais públicos.

Sob a forma de garrafas, sacos ou tampas, os plásticos são os principais predadores dos oceanos, mostra a organização Surfrider em relatório divulgado em 12 de abril sobre a poluição em cinco regiões da França e Espanha.

Com a ajuda de centenas de voluntários, a ONG realizou em 2015 o primeiro censo de resíduos que poluem as praias, a orla costeira e os fundos marinhos, no âmbito de uma iniciativa que visa a recolher e analisar os dados na Europa.

“Todos os dias, oito milhões de toneladas de lixo acabam no oceano. Oitenta por cento da poluição que afeta os nossos mares são de origem terrestre e resultam da atividade humana, com repercussões terríveis na biodiversidade e na globalidade do ambiente”, destaca o presidente da Surfrider Foundation Europe, Gilles Asenjo, em comunicado.

O plástico constitui “mais de 80%” do lixo na maior parte dos cinco locais analisados, observa a organização.

Na praia de Burumendi, em Mutriku (Espanha), por exemplo, 96,6% dos resíduos são de plástico e de poliestireno, que representam 94,5% dos 10.884 resíduos recolhidos na praia de La Barre, em Anglet, nos Pireneus atlânticos.

O plástico e o poliestireno também foram encontrados em massa na praia de Porsmilin, em Locmaria-Plouzané, em Finisterra (Espanha), com peso de 83,3% do total de 2.945 resíduos recolhidos no decorrer das quatro campanhas de levantamento de materiais.

Na praia de Murguita em San Sebastian (Espanha), o plástico e o poliestireno representaram 61% dos materiais recolhidos, dos quais 18% são vidro.

O vidro predomina, aliás, na praia de Inpernupe, em Zumaia (Espanha), representando quase metade (47,9%), contra o peso de 29,1% do plásticos e poliestireno.

Além dos materiais de plástico, os voluntários recolheram, nos diferentes locais, cordas, redes, cigarros, embalagens de alimentos, tampas, cápsulas, garrafas de vidro e até mesmo resíduos sanitários.

Para cada local, a Surfrider fez uma lista dos principais resíduos recolhidos.

“Nesta altura, são as primeiras indicações que nos dão uma percepção geral das estatísticas europeias”, disse Asenjo, acrescentando que, da Grã-Bretanha ao País Basco, os resíduos plásticos são claramente os principais predadores do oceano”, porque “levam centenas de anos para desaparecer”, ao contrário de outros materiais como a madeira.

“Quando eles não estão aos nossos pés na praia, são ingeridos pelos animais marinhos, que sufocam, para não falar das substâncias tóxicas que liberam e nas quais nos banhamos, e de sua possível integração na cadeia alimentar”.

Fontes: Agência Lusa e Agência Brasil

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