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O consumo de refrigerante diet pode trazer inúmeras complicações à saúde

Os refrigerantes diet são bebidas populares em todo o mundo, especialmente entre as pessoas que desejam reduzir a ingestão de açúcar ou calorias. Em decorrência do crescimento do consumo desse tipo de refrigerante é que certos pesquisadores resolveram se aprofundar na questão.

Diferente do que muitas pessoas pensam, os produtos classificados como diet possuem a mesma quantidade de calorias que a versão clássica, ou até mais. Isso porque alguns componentes retirados, como o sódio ou proteína, não interferem diretamente na contagem. Um refrigerante diet não possui açúcar, mas em seu lugar são colocados aditivos para que o sabor continue agradável. Aspartame, sacarina e sucralose são os mais comuns.

Com poder de adoçar 200 vezes mais que a sacarose, o aspartame é o adoçante mais comum e usado do mercado. Liberado no Brasil em 1988, esse aditivo ainda é muito questionado em função da sua segurança. Quando atinge o intestino, o aspartame se transforma em fenilalanina, aspartato e metanol.

Metanol é a substância responsável pela toxicidade das bebidas alcoólicas, por exemplo. No entanto, para ser possível uma intoxicação, a quantidade consumida de aspartame por uma pessoa teria que ser muito grande, como 140 mil envelopes em um único dia. O aspartato, por sua vez, era conhecido por se acumular em tecidos fetais. Porém, essa possibilidade já foi descartada por pesquisas. Por fim, a fenilalanina deve ser evitada pelos fenilcetonúricos, que não digerem esse aminoácido.

A sacarina, 400 vezes mais adoçante que a sacarose, é rapidamente absorvida e excretada pelo organismo, o que faz com que não seja metabolizada quando consumida. O mesmo é observado com a sucralose, 600 vezes mais adoçante. Por causa desse pouco tempo em que ficam presentes no corpo, o risco desses aditivos causarem algum problema ao organismo é minimizado, mas mais estudos devem ser feitos até que a sua total segurança seja comprovada.

Efeitos nocivos causados pelo refrigerante diet

Uma pesquisa realizada pela cientista Susan Swithers aponta que o consumo excessivo de adoçantes sintéticos, presentes nos refrigerantes diet, aumenta os riscos de crises metabólicas, surgimento de diabetes do tipo 2 e doenças cardiovasculares.

Uma das principais causas da diabete do tipo 2 é o excesso de peso, que pode ser relacionado ao refrigerante diet de duas maneiras. A primeira é baseada no modo de pensamento dos consumidores, que, ao acharem que estão “economizando” nas calorias do refrigerante, excedem nas refeições. A segunda, resultante de uma pesquisa do San Antonio Healthy Science Center, sugere que os consumidores diários do produto estão 65% mais propensos a ganharem peso e 41% a se tornarem obesos, nos sete ou oito anos seguintes. Outro estudo prova ainda que a probabilidade deles terem diabetes do tipo 2 é 67% maior que os não consumidores.

Já para terem distúrbios metabólicos, esses consumidores apresentam 36% a mais de chance. Quando o açúcar entra no corpo, ele gera uma resposta que é a liberação do hormônio insulina, responsável por diminuir os níveis de açúcar no sangue através da sua estocagem. Mas quando a pessoa ingere adoçante, esse processo não ocorre e o corpo fica confuso, havendo desregulagem do sistema hormonal como um todo. Dessa maneira, picos de açúcar no sangue tornam-se eventos comuns, como ocorre com quem tem diabetes.

Outros efeitos do refrigerante diet

O refrigerante diet também pode causar outros efeitos sobre a saúde, incluindo:

  • Pode reduzir o fígado gorduroso. Alguns estudos demonstraram que a substituição do refrigerante normal por refrigerante diet pode reduzir a gordura ao redor do fígado. Outros estudos não encontraram nenhum efeito;
  • Pode causar alterações no microbioma intestinal. Os adoçantes artificiais podem alterar a flora intestinal, levando à redução do controle do açúcar no sangue e potencialmente aumentando o risco de diabetes tipo 2. Um estudo descobriu que todos os seis adoçantes artificiais testados danificaram o microbioma intestinal de várias maneiras. Outro verificou que a forma como a flora intestinal das pessoas reagia aos adoçantes artificiais era altamente individualizada;
  • Pode provocar cárie dentária. Como o refrigerante normal, o refrigerante diet está associado à erosão dentária devido ao seu nível de pH ácido. Isso decorre da adição de ácidos, como ácido málico, cítrico ou fosfórico, para dar sabor;
  • Pode estar ligado à depressão. Estudos observacionais encontraram taxas mais altas de depressão entre aqueles que bebiam quatro ou mais refrigerantes dietéticos ou regulares por dia. No entanto, são necessários experimentos para determinar se refrigerante diet é uma causa.

Além disso, um estudo aponta que bebidas dietéticas não contribuem para a perda de peso e podem aumentar a vontade de comer. Isso porque os adoçantes não contém a quantidade de calorias esperadas pelo organismo de acordo com o sabor adocicado. Dessa forma, essas substâncias podem gerar, no organismo, o impulso de ingerir alimentos com açúcar para saciar essa vontade.

Para evitar complicações à saúde, evite consumir qualquer tipo de refrigerante e mantenha uma dieta equilibrada. Além disso, procure incluir exercícios físicos em sua rotina.


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