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Construída na Itália com argila biodegradável e materiais recicláveis, casa futurista atende ao conceito de zero-waste
Foi-se o tempo em que moradias impressas em 3D eram novidade. A mais recente casa sustentável do gênero, que está sendo construída com argila local, no norte da Itália, está bem longe de parecer “futurista”. Com design que remete à natureza, o projeto se assemelha a uma colmeia e conta com um conjunto impressionante de recursos que o diferenciam das experiências anteriores.
Batizada de TECLA – que remete a “technology and clay”, ou “tecnologia e argila”, e faz alusão à cidade fictícia concebida pelo escritor italiano Ítalo Calvino na obra Cidades invisíveis –, a nova casa é fruto da colaboração entre a empresa WASP, especialista em impressão 3D, e o escritório Mario Cucinella Architects. O projeto é baseado na colmeia da vespa oleira, uma espécie de inseto encontrado no hemisfério norte que ataca lagartas, cuja colmeia é feita de lama e tem o formato de um vaso.
A TECLA, no entanto, está longe de se limitar a um design “diferentão”. Para começar, como mencionado acima, a casa atende ao conceito zero waste (ou “lixo zero”), porque é construída inteiramente com materiais reutilizáveis e recicláveis retirados do terreno local – todos adaptáveis a qualquer clima e contexto. Além disso, a argila utilizada na construção é também biodegradável. Mais ecológica, impossível!
Este é o segundo projeto de casa sustentável encabeçado pela WASP. Em 2018, a empresa italiana lançou a Gaia, batizada em homenagem à mãe Terra, produzida com resíduos naturais oriundos da cadeia produtiva do arroz e orientação à construção de alvenarias eficientes do ponto de vista bioclimático e ecológico.
A WASP pretende expandir e adaptar seu modelo de habitação para outros países, em resposta à necessidade premente de acomodações ecológicas e acessíveis para as diversas populações do mundo. Para isso, a empresa está comercializando o “Kit para iniciantes da Maker Economy”, que consiste em quatro impressoras 3D e um sistema para selecionar, misturar e bombear materiais locais para impressão. A equipe espera que sua tecnologia seja usada para facilitar projetos habitacionais em regiões remotas.
