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Segundo psicóloga, 75% da ansiedade social dos pacientes submetidos ao novo tratamento foi diminuída

A fobia social é um transtorno de ansiedade que atinge 13% da população brasileira, segundo estimativas apresentadas em 2017 pelo Congresso Brasileiro de Psiquiatria. O dado preocupa, já que a média mundial é de 7%. Foi para lidar com o quadro que gera ansiedade, medo intenso de estar exposto e medo do julgamento dos outros que o Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) criou um novo tratamento para fobia social por meio da realidade virtual.

Cristiane Maluhy Gebara, psicóloga, pesquisadora e professora do curso de Terapia Comportamental Cognitiva em Saúde Mental do Programa de Ansiedade do HC e uma das responsáveis pelo método, explica que as pessoas que possuem fobia social têm ansiedade e desconforto intenso ou até evitam exposições públicas e interação com pessoas ou autoridades. Elas podem apresentar os sintomas a qualquer momento, sem motivo aparente. Os sintomas podem ser: taquicardia, palpitações, sudorese, tremor, rubor facial, boca seca, autodepreciação, antecipação negativa – um cenário de sofrimento excessivo capaz de interferir na vida desses pacientes, ressalta a professora.

A simulação através da realidade virtual em 3D, já disponível em aplicativo chamado Socialfobia, é um tratamento aplicado por profissionais em consultórios e permite que os pacientes enfrentem as situações mais temidas por eles. A técnica disponibiliza diferentes cenários, como um diálogo com alguém desconhecido, possibilitando a exposição da pessoa ao caso sem que haja constrangimento. De acordo com Cristiana, o processo é repetido e gradual, mas já manifesta resultados positivos: em média, 75% da ansiedade social dos pacientes submetidos ao novo tratamento foi diminuída.

No total, o programa conta com seis cenas, que possibilitam aos pacientes enfrentar situações impensáveis no dia a dia dentro do ambiente controlado do consultório. A técnica, chamada de exposição, é usada por profissionais de abordagem cognitivo-comportamental e seu uso fora da realidade virtual é quase impossível, já que os pacientes com fobia social lidam muito mal com a exposição pública.

A professora explica ainda que em média 60% da população brasileira sente algum tipo de ansiedade para falar em público ou enfrentar situações de exposição, mas isso não chega a ser fobia social. Sentir ansiedade nessas situações é normal, mas não chega a ser algo que afeta a vida das pessoas de modo significativo.



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