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Mineração subaquática representa um impasse à preservação ambiental

O fundo do mar contém uma grande variedade de riquezas muito pouco exploradas. O interesse na mineração do fundo do oceano começou há séculos. No entanto, ela não era aprofundada por falta de recursos financeiros e tecnológicos. Nos últimos anos, porém, isso está mudando e a mineração subaquática se tornou um dos tópicos principais em discussões sobre exploração de recursos minerais e preservação ambiental.

Mineração em terras indígenas da Amazônia aumentou 1.217% nos últimos 35 anos

Projeto pioneiro

O primeiro projeto de exploração da mineração submarina se concretizou em Papua Nova-Guiné, na Oceania. No local, um barco-minerador começou a funcionar em 2018. Ele foi considerado o primeiro passo para a mineração subaquática no mundo, um mercado altamente lucrativo.

Representantes da indústria mineral e de grupos ambientais se encontram anualmente na sessão da International Seabed Authority (Autoridade Internacional dos Solos Marinhos, em tradução livre) para discutir os limites e os procedimentos operacionais em relação à atividades de mineração em alto mar, principalmente em alto-mar.

Qual é a importância da mineração subaquática?

É possível extrair até diamantes de minas subaquáticas, assim como ocorre no sudeste da África desde 1960. Além disso, o fundo do mar abriga metais preciosos, como ouro, prata e cobre. Da mesma forma, ele possui outros tipos de metais, como zinco e magnésio, e metais de terras raras muito usados em dispositivos tecnológicos, como cobalto.

A medida em que a demanda por aparelhos tecnológicos aumenta, esses metais são mais procurados. Isso pode se tornar um problema, afinal, como o nome já sugere (metal de terras raras), a fonte de abastecimento dos fundos marinhos é limitada. Neste caso, uma saída é a reciclagem dos aparelhos eletrônicos (saiba onde descartá-los).

Lixo eletrônico
Lixo eletrônico: o que é e como descartar

É mais provável a concentração de metais valiosos no fundo do mar do que em muitos lugares terrestres. Esses minerais podem ser encontrados a partir de 6,1 mil metros de profundidade. Segundo cientistas, tem ouro suficiente no fundo do mar para dar 4 kg para cada pessoa da Terra.

Quais os efeitos da mineração subaquática?

Sabemos que os efeitos da mineração em terra são devastadores. Em grandes profundidades, muitos problemas poderiam se potencializa. Isso porque o homem não está acostumado a lidar com uma biodiversidade tão complexa quanto a marinha. Máquinas, veículos, dutos, calor, grande iluminação e outros fatores poderiam levar graves problemas a uma série de animais e plantas por quilômetros quadrados no mar.

Sem contar que muitas pedras serão depositadas no fundo do mar para a escavação. Essa deposição pode destruir habitats de espécies que sequer foram descobertas. Estima-se que haja um milhão de espécies de plantas e de animais ainda não conhecidas.

“É o berço da vida na terra e o único tipo de vida que não depende da luz solar. Há espécies que existem lá que não são encontradas em nenhum outro lugar do mundo. Não é como em outros ambientes terrestres com os quais estamos acostumados. É preciso ter sua perspectiva alterada para apreciar a biodiversidade do fundo do mar”, diz Rod Fujita, diretor de pesquisa e desenvolvimento do Environmental Defense Fund (Fundo de Defesa Ambiental), nos Estados Unidos.

Contra-argumentos de outros cientistas

As empresas que lidam com a exploração, como a Nautilus Minerals, afirmam que, em alguns anos após o início do impacto da mineração, a biodiversidade local se restabelece. A empresa em questão afirma que estudos são feitos durante muitos anos, em diversos locais do mundo e levando em conta muitos fatores.

Nem todos os ambientalistas são contra a ideia de exploração do fundo do mar. Porém, eles gostariam de que tudo fosse estudado para que a proteção fosse garantida e o meio ambiente sofresse o mínimo possível. O fundo do mar ainda não é muito conhecido. A lista de áreas marinhas protegidas está só começando. Segundo especialistas, ter 30% das áreas marinhas do planeta protegidas seria um bom começo.


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