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Pesquisadores descobriram que ingerir espermatozoide pode trazer alguns benefícios para algumas espécies animais

Estudo publicado nos periódicos Biology Letters e Behavioral Ecology, realizado na Universidade de Monash e que contou com a colaboração com pesquisadores da Universidade de Melbourne e do Museu Victoria, na Austrália, revelou que a fêmea da espécie Sepiadarium austrinum, molusco que habita o sul da Austrália ingere, após o acasalamento, o esperma do parceiro, que rico em nutrientes, permite aos ovos não fertilizados se desenvolverem de forma saudável. Esse comportamento ainda não havia sido associado aos animais da classe dos cefalópodes e foi a primeira vez que o fenômeno foi observado em uma fêmea com fertilização externa.

O fenômeno ocorre assim: durante o acasalamento, as fêmeas armazenam o esperma dos machos numa bolsa externa abaixo das suas bocas. Na verdade, o macho passa pacotes de espermatozoides para essa bolsa, onde eles ficam guardados para fertilização posterior do ovo. Enquanto alguns destes pacotes são armazenados, outros são usados, a fim de fertilizar os ovos. No entanto, não há nenhuma garantia de que a fêmea vá fertilizar ovos com os espermas armazenados, pois o armazenamento de esperma só dura cerca de três semanas. Se a fêmea não colocar ovos dentro desse período, ela ingerirá os nutrientes dos espermatóforos contidos em sua bolsa. Isso pode significar, segundo os pesquisadores, que, potencialmente, as fêmeas podem usar a ejaculação masculina como fonte de alimentação.

Para realizar a pesquisa, os cientistas coletaram 51 espécies desse molusco em Port Phillip Bay, Austrália. Os machos foram alimentados com anfípodes (pequenos crustáceos, como camarão) até atingirem a maturidade sexual, momento em que começaram a produzir espermatozoides radioativos. Quando as fêmeas comeram os espermatóforos, os pesquisadores puderam traçar o nível de radioatividade nelas, a fim de perceberem como a radioatividade foi incorporada ao redor corpo para distribuir os nutrientes aos diversos tecidos e ovos não fertilizados.

Nutrientes

Benjamin Wegener, um dos pesquisadores do estudo, afirma que o consumo de ejaculação é bem documentado entre várias espécies, inclusive na humana, mas em algumas não está relacionada à reprodução.

Segundo estudos realizados na Universidade de Columbia, Estados Unidos, a ejaculação masculina humana contém açúcar de frutose, água, ácido ascórbico (também conhecido como vitamina C), ácido cítrico, enzimas, proteínas, zinco, entre outras coisas. Ou seja, quase os mesmos ingredientes de uma bebida esportiva.


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