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O desperdício de alimentos é uma das questões mais sérias a serem enfrentadas pela sociedade atualmente. Segundo dados divulgados pela ONU em 2012, o Brasil desperdiça 30% de sua produção, mas tem 13 milhões de pessoas que passam fome. Falta conscientização a respeito do reaproveitamento, mas muitos alimentos mal conservados também acabam se estragando devido a ações de bactérias.

A empresa Nanox, conhecida por fabricar materiais inteligentes, desenvolveu um bactericida que pode ser aplicado em embalagens plásticas. Após a produção e os testes, a empresa estava no aguardo de um registro para poder comercializar a inovação. E esse registro foi emitido pela Food and Drug Administration (FDA), uma agência regulamentadora de alimentos e derivados de farmácia dos Estados Unidos.

Com essa autorização, a Nanox, empresa criada a partir de um grupo de pesquisa do Centro Multidisciplinar para o Desenvolvimento de Materiais Cerâmicos (CMDC) da Fapesp, pretende abrir uma subsidiária nos EUA e conseguir investidores para se expandir.

Luiz Gustavo Pagotto Simões, diretor da Nanox, disse que esse material bactericida que está próximo de ser comercializado, é o mais recente de uma linha de antimicrobianos inorgânicos criada por eles em 2005 e batizada como NanoxClean.

De acordo com o site da NanoxClean, essa tecnologia pode ser aplicada ao produto de três modos: como spray para peças em diversos acabamentos, como imersão através da pintura por dip-coating para tecidos, e como granulado com a aditivação em tintas, resinas, vernizes e esmaltes. A forma de combate às bactérias ocorre de três maneiras: inibindo a divisão celular (ou seja, a reprodução), rompe a parede celular e impede a respiração dos microorganismos. Veja a imagem abaixo que mostra o funcionamento do NanoxClean:

NanoxClean

Inicialmente, a produção era a base de partículas nanoestruturadas feitas com prata, que continham propriedades bactericidas, antimicrobianas e autoesterilizantes. Depois esse mesmo material foi aplicado nas superfícies metálicas de instrumentos médicos, bisturis, pinças, secadores de cabelo, tintas, resinas, cerâmicas e purificadores de água. Dois anos depois da criação dessa linha, o material foi aplicado a plásticos que embalam e conservam alimentos.

Resultado

Durante os testes, as embalagens que possuíam o NanoxClean aumentaram o prazo de validade dos alimentos que continham. Um produto que durava seis meses passou o prazo de conservação para oito ou doze meses. O material se aplica em qualquer tipo de plástico usado para guardar alimentos, desde os saquinhos de supermercado até potes de margarina.

Mesmo sendo a única empresa brasileira que fabrica o produto, a Nanox sofre concorrência de indústrias japonesas, as pioneiras nessa tecnologia, e alemãs, que são especialistas em produtos baseados em prata. Mas a brasileira tem a vantagem de usar de 10 a 15 vezes menos prata na fabricação e ainda consegue manter a transparência do plástico.

Visando a sua expansão no mercado mundial, principalmente no norte-americano, a empresa que já exporta para México, Itália e China, quer aumentar sua escala de produção de dez para 100 quilos por dia de partículas antimicrobianas nanoestruturadas.

Confira abaixo o vídeo sobre a inovação:


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