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Grupo de cientistas contesta o conceito de pegada ecológica, que tem como objetivo medir a quantidade de terra e água que seria necessária para sustentar as gerações futuras

Desde meados da década de 1990, ambientalistas, políticos, pesquisadores e outros têm frequentemente utilizado um conceito chamado de pegada ecológica para quantificar a saúde relativa do planeta sob a influência da atividade humana e da indústria. De acordo com essa medida, a nossa pegada superou o planeta em que pisamos: os seres humanos usam agora 1,5 planetas Terra para usufruir seu padrão de conforto.

Contudo, uma matéria publicada na revista norte-americana Scientific American resolveu apimentar um pouco a discussão apresentando uma nova análise que sugere que esse cálculo é ultrapassado. De acordo com a matéria, “a pegada ecológica original é uma boa metáfora e uma boa maneira de começar a pensar sobre o uso excessivo do planeta, mas o real propósito dessa pegada é ser uma ferramenta de gestão”.

As informações que permeiam o artigo da Scientific American são de um grupo chamado The Nature Conservancy, um grupo ambiental que tem usado o conceito de impacto ecológico ao longo do tempo. Porém, o representante do grupo, Peter Kareiva, acredita que está na hora de desenvolver uma nova métrica que possa implementar medidas que realmente controlam a água, o solo e todas as maneiras de degradação de ecossistemas. Dessa forma, a pegada ecológica poderia, de fato, ser uma métrica de gestão que impactasse positivamente essa esfera.

Funcionamento do atual sistema x novas propostas

No nível mais fundamental, a pegada ecológica incorpora seis medições: cobertura das cidades, da poluição de dióxido de carbono, dos campos agrícolas, da pesca, das florestas e das pastagens. Dessa maneira, pode-se revelar “a área global de ecossistemas terrestres e aquáticos exigidos por populações humanas específicas para produzir os bens ambientais e serviços que consomem e para assimilar os resíduos de carbono”.

Já no ponto de vista do The Nature Conservancy, neste modelo de medição tudo se resume a assimilação de CO2 (em nível global, pelo menos). Isso porque, por definição, lavoura, pastagens e outras métricas de terra e oceano não podem exceder o tamanho do planeta. Ou seja, apenas se tratando de acúmulo de CO2 na atmosfera é possível dizer que a pegada ecológica da humanidade é maior do que a própria Terra.

De forma resumida, o real significado de uma pegada descomunal em termos físicos é que o mundo não tem florestas suficientes para absorver todo o excesso de CO2 a partir de combustíveis fósseis, da queima humana e de outras atividades. Por esta razão, uma forma de medida como a pegada ecológica é importante para mensurarmos os efeitos causados pela ação humana e suas prováveis consequências diante das medidas tomadas nas esferas ambientais, econômicas, políticas e energéticas.

Fonte: Scientific American
Imagem: Docol

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