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Conheça a definição, os sintomas e algumas curiosidades sobre a satiríase, forma masculina da ninfomania

Satiríase, também conhecida como ninfomania masculina, é um termo que descreve o transtorno hipersexual, ou transtorno de comportamento compulsivo, especificamente em homens. Na linguagem popular, o transtorno é a forma masculina do vício em sexo. Quando identificado em mulheres, o problema é chamado de ninfomania.

Apesar da aceitação social do termo, a satiríase não é um transtorno psiquiátrico aceito pelo Manual de Diagnóstico e Estatística de Transtornos Mentais (DSM) da American Psychiatric Association. Aliás, a polêmica é tão grande que até mesmo entre especialistas não há consenso a respeito do que configura um transtorno de compulsão por sexo, uma vez que esta é uma questão permeada por subjetividades.

Satiríase ou hipersexualidade?

Ao longo dos séculos, diferentes termos têm sido usados pela psiquiatria, a psicologia e a psicanálise ​​para descrever o fenômeno do comportamento sexual persistente e socialmente desviante, acompanhado por um apetite sexual excessivo que não é adaptativo para o indivíduo.

Os termos mais frequentemente encontrados são “hipersexualidade”, “comportamento sexual compulsivo” e “dependência sexual”. Outros termos introduzidos para essa condição são “Don Juanismo” ou “satiríase” nos homens e “ninfomania” nas mulheres.

Para fins de tratamento, usa-se com maior frequência o termo “hipersexualidade”, em vez de ninfomania e satiríase. Entretanto, a American Psychiatric Association decidiu não introduzir o transtorno hipersexual como uma categoria diagnóstica, e a hipersexualidade não foi incluída no DSM-5 principalmente em razão da falta de pesquisas sobre critérios diagnósticos válidos.

Em 2018, a Organização Mundial da Saúde lançou uma nova versão da Classificação Internacional de Doenças (CID-11) que incluía, pela primeira vez, o comportamento sexual compulsivo como um distúrbio de saúde mental, definindo-o como um “padrão persistente de falha em controlar impulsos sexuais repetitivos e intensos ou impulsos que resultam em comportamento sexual repetitivos e intensos ou impulsos que resultam em comportamento sexual repetitivo”.

Entretanto, muitos especialistas ainda hesitam em caracterizar níveis ou marcas da sexualidade como patológicos, uma vez que é difícil saber onde traçar a linha entre os impulsos sexuais saudáveis ​​e não saudáveis. Alguns pesquisadores veem essa tendência como um problema de regulação do comportamento, enquanto outros se perguntam se o desejo sexual hiperativo poderia derivar de um impulso sexual mais intenso ou de problemas de controle de impulsos mais abrangentes.

Há ainda especialistas que acreditam que as verdadeiras causas do comportamento incluem estados emocionais, como ansiedade, depressão, transtorno bipolar ou conflitos de relacionamento. Para alguns indivíduos, questões morais, como vergonha e culpa, também podem estar envolvidas. Diante de tantas controvérsias, nem mesmo a hipersexualidade foi incluída na última edição do Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais.

Possíveis sintomas da satiríase

Quer a condição exista ou não, a psicoterapia pode ser útil para indivíduos que buscam regular as emoções e obter insights sobre a própria sexualidade. Embora o comportamento sexual seja uma parte normal e saudável da vida, a hipersexualidade pode se tornar um problema quando o homem perde o controle sobre seu comportamento sexual e acaba trazendo prejuízos para si e para os outros – contraindo e transmitido doenças sexualmente transmissíveis, por exemplo.

Os critérios a seguir podem ser uma forma de identificar uma possível hipersexualidade (ou satiríase, para usar um termo menos técnico). Sessões de terapia podem ser particularmente úteis para o tratamento. Se você, por mais de seis meses, notar algum dos sintomas abaixo, é recomendável procurar ajuda psicológica e/ou psiquiátrica.

  1. Você tem fantasias, desejos e/ou comportamentos sexuais intensos e recorrentes;
  2. Seus comportamentos sexuais, incluindo compulsão por acessar pornografia, interferem de forma consistente com outras atividades e obrigações;
  3. Os comportamentos ocorrem em resposta a estados de humor disfórico (ansiedade, depressão, tédio, irritabilidade) ou eventos estressantes da vida;
  4. Envolve-se em esforços consistentes, mas sem sucesso, para controlar ou reduzir fantasias, impulsos ou comportamentos sexuais;
  5. Envolve-se em comportamentos danosos com diversos parceiros sexuais, ao mesmo tempo que desconsidera o potencial de dano físico ou emocional a você mesmo ou a outros;
  6. A frequência ou intensidade das fantasias sexuais, impulsos ou comportamentos causam sofrimento ou prejuízo significativo a você mesmo ou a outros.

Como mencionado, a hipersexualidade também pode estar ligada à depressão e ansiedade. Alguns indivíduos podem evitar emoções difíceis, como tristeza ou vergonha, buscando alívio temporário em práticas associadas ao comportamento sexual compulsivo. Os desejos sexuais muito intensos, portanto, podem mascarar outros problemas, como depressão, ansiedade e estresse.


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