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Papel higiênico de bambu não possui substâncias tóxicas, é 100% reciclado e não precisa da extração de madeira.

O papel higiênico de bambu é uma alternativa mais sustentável em relação ao papel higiênico comum. Ele não possui tintas, corantes, BPA ou outras substâncias prejudiciais ao meio ambiente e à saúde humana. Além disso, geralmente suas embalagens são mais sustentáveis, sem envolver plásticos.

Qual o impacto do papel higiênico no meio ambiente?

A produção de papel higiênico envolve diversos impactos ao meio ambiente. Durante o processo de fabricação, produtos químicos utilizados podem ser eliminados na atmosfera, contribuindo com a poluição do ar.

Além disso, o papel higiênico é responsável por 15% de todo o desmatamento, contribuindo significativamente para o aquecimento global. Isso se deve ao fato de que, para a produção de produtos de papel em geral, utiliza-se extração de madeira. Essa prática também pode perturbar ecossistemas e habitats da vida selvagem e prejudicar o solo.

Muitas vezes é necessário o plantio de novas árvores para a produção. Para isso, utiliza-se monocultura que causa impactos negativos ao meio ambiente, prejudicando, por exemplo, a biodiversidade. Comumente, utiliza-se, ainda, o eucalipto, uma espécie que demanda quantidades exorbitantes de água, pesticidas e fertilizantes.

Em alguns casos, o papel pode apresentar cores e estampas diferentes. Para que se tornem assim, são necessários produtos como alvejantes, corantes, tintas e fragrâncias, substâncias químicas que também podem prejudicar o meio ambiente e a saúde.

Na produção, também são utilizadas técnicas de secagem que demandam grandes quantidades de energia para deixar o produto macio. E os processos de branqueamento à base de cloro poluem fontes locais de água.

Em contrapartida, algumas marcas estão produzindo papel higiênico 100% reciclado e 100% feito de bambu, sem envolver extração de madeira ou produtos químicos.

Papel higiênico de bambu

bambu
Foto de kazuend no Unsplash

O papel higiênico de bambu pode ser uma solução sustentável. Em grande parte, suas vantagens estão relacionadas ao bambu. O bambu é uma gramínea que tem o crescimento rápido e não precisa ser replantado, podendo ser colhido ano após ano por cerca de 40 a 70 anos. Em apenas 24 horas, essa planta pode crescer aproximadamente 30 centímetros.

As fibras de bambu fazem com que o papel seja muito mais macio do que alguns feitos com as fibras de madeira. Além disso, ele é bastante resistente. Devido às características genotípicas de formação do bambu, seu arranjo intramolecular e consequente estrutura compositiva, suas fibras o tornam um material com propriedades de resistência à tração mecânica de níveis comparados à compostos e compósitos sintéticos de alta tecnologia.

O papel higiênico de bambu é amigável à pele, sendo naturalmente hipoalergênico, antifúngico e antibacteriano. Não se trata de um produto tóxico, porque o bambu é uma planta bastante resistente que não costuma sofrer com “pragas”. Dessa forma, ele pode ser cultivado sem o uso de pesticidas ou outro produtos químicos tóxicos que poderiam parar no meio ambiente, no papel e prejudicar a saúde humana.

Em alguns papéis, é possível encontrar certas quantidades de BPA, uma substância química que pode ter efeitos negativos à saúde, como alteração hormonal da tireoide, liberação de insulina pelo pâncreas e proliferação das células de gordura. Por não usar BPA, o papel higiênico de bambu é uma alternativa para essa questão.

Outro ponto positivo é que o bambu pode ser usado para contribuir com o solo danificado, removendo metais pesados e substâncias tóxicas e trazendo água para a superfície. O Brasil, por exemplo, dispõe de clima favorável e grande extensão de áreas degradadas impróprias para outros cultivos, mas adequadas ao plantio de diversas variedades de bambu.

Para mais, o bambu se destaca como um dos principais produtos florestais não madeiráveis e potencial substituto da madeira em função da presença de tecido lenhoso em sua estrutura fisiológica. Assim, seu uso como matéria-prima sustentável não se restringe ao papel higiênico, a planta também tem sido utilizada para outros produtos, como canudos, xícaras, roupas e escova de dente. Há estudos que investigam a possibilidade da planta substituir até mesmo materiais de construção.

Estudos afirmam que a energia consumida para se produzir um metro cúbico de bambu é cinquenta vezes menor que a energia gasta para produzir o mesmo volume de aço, e oito vezes menor para produzir o mesmo volume de concreto. Não sabemos, no entanto, quanto é gasto na produção do papel.

Segundo a Reel Paper, durante o processo de fabricação do papel higiênico de bambu, utiliza-se 30% menos de água do que o papel comum. Além disso, o bambu fornece 35% mais oxigênio do que as árvores e pode absorver até 12 toneladas de dióxido de carbono por hectare anualmente.

Nesse sentido, o papel higiênico de bambu pode ser uma opção sustentável. Ainda assim, é preciso avaliar se as plantações envolvem monocultura, considerar energia e a água consumidas no processo, verificar o uso de produtos químicos, entre outras características que façam com que de fato seja um produto eco-friendly.


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