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La niña é um fenômeno que provoca mudanças significativas no clima de diversas regiões do mundo

Lã Nina é um evento climático e fenômeno oceânico-atmosférico caracterizado pelo resfriamento anormal das águas do Oceano Pacífico Equatorial, sendo um evento com particularidades opostas ao El Niño. Classificado como uma anomalia climática, esse fenômeno acontece, em média, em um intervalo de dois a sete anos. Sua ocorrência é caracterizada por provocar alterações significativas nos padrões de precipitação e temperatura ao redor da Terra.

O nome “La Niña” deriva do espanhol e significa “a menina”. O evento recebeu essa denominação por conta de uma alusão contrária ao fenômeno do El Niño, que provoca o aquecimento anormal das águas do oceano pacífico.

Quais são as origens do fenômeno?

As origens do La Niña ainda são bastante controversas no meio científico. No entanto, sua alternância com o El Niño aponta para as mudanças de intensidade de calor solar. Ou seja, ciclos solares que ora determinam maior radiação solar e consequente aquecimento das águas do Pacífico, e ora indicam enfraquecimento da radiação solar que alcança o planeta, promovendo diminuição da temperatura das águas do Pacífico.

Por se tratar de um oceano que cobre um terço da superfície terrestre, as consequências dessas alternâncias são muito amplas. Elas repercutem na distribuição de calor e umidade em diversas partes do mundo. Isso causa alguns problemas como regime de chuvas abaixo da média.

La Niña
Imagem de Ryan Pernofski em Unsplash

Qual o efeito do La Niña?

O fenômeno La Niña ocorre a partir da intensificação dos ventos alísios, que sopram na faixa equatorial de leste para oeste. Com isso, uma quantidade maior que o normal de águas quentes se acumula no Oceano Pacífico Equatorial Oeste. Enquanto isso, no Pacífico Leste (próximo ao Peru e Equador), verifica-se a presença de águas mais frias, causando um aumento no desnível entre o Pacífico Ocidental e Oriental.

O acréscimo na intensidade dos ventos alísios provoca um aumento dos movimentos de ressurgência (subida das águas profundas e frias para as camadas superficiais do oceano) no lado leste do Pacífico Equatorial, junto à América do Sul.

Essas águas profundas sobem carregadas de nutrientes e organismos que vão servir de alimento para os peixes. Assim, o fenômeno favorece a pesca na região. As águas quentes que ficam “represadas” mais a oeste do Pacífico evaporam e formam nuvens de chuva, alongando a célula de circulação de Walker em anos de La Niña.

A célula de circulação de Walker, por sua vez, é aquela com movimentos ascendentes no Pacífico Central/Ocidental e movimentos descendentes no oeste da América do Sul. Além disso, possui ventos de leste para oeste próximos à superfície (ventos alísios) e de oeste para leste em altos níveis da troposfera.

Consequências do La Niña

Assim como o El Niño, o La Niña também afeta a circulação geral da atmosfera. Ela provoca alterações nas condições climáticas de várias regiões do mundo. Na Colômbia e na Austrália, por exemplo, ocorrem chuvas acima da média, que se tornam mais intensas, podendo causar enchentes. Por outro lado, ocorre uma redução das chuvas no oeste da Argentina e do Chile, no Peru, Paraguai e Equador.

No Brasil, as consequências são diferentes daquelas provocadas pelo El Niño. Em anos de La Niña, ocorrem chuvas mais abundantes no norte e leste da Amazônia, que podem estar associadas ao aumento na vazão dos rios da região, causando enchentes.

Nas regiões Norte e Nordeste também ocorre um aumento na quantidade de chuvas, o que é benéfico para a região semiárida. As frentes frias também são mais comuns nessas áreas. 

Na região Sul, observa-se a ocorrência de secas severas e aumento das temperaturas da superfície do mar. Isso prejudica as atividades agrícolas que sustentam essa área. No Sudeste e Centro-Oeste, por sua vez, os efeitos são imprevisíveis, podendo ocorrer secas, inundações e tempestades.


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