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Fazenda de insetos pode servir para solucionar problemas ambientais e combater fome mundial

As fazendas de insetos surgiram como uma alternativa para solucionar diversos problemas ambientais, combater a fome e suprir a demanda por alimentos. Para alimentar a população mundial em constante crescimento, o sistema de produção de alimentos precisa ser cada vez mais eficiente. No entanto, a maior parte da terra disponível para cultivo já está sendo usada, o que significa que soluções mais inovadoras e sustentáveis ​​precisarão ser usadas para que todos possam ter as suas necessidades básicas atendidas.

A substituição da carne bovina por novas fontes de proteínas é uma pauta que tem sido muito discutida por pesquisadores, já que para atender a crescente demanda do mercado consumidor, tem-se desmatado florestas para a formação de pastos, principalmente para a criação de bovinos de corte. Além disso, o modelo vigente também contribui para um aumento na quantidade de gases do efeito estufa liberados por estes animais durante o processo de ruminação, contribuindo para a intensificação do efeito estufa e, consequentemente do aquecimento global.

É viável?

Diante desse cenário, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), sugere que consumir insetos é uma das opções mais viáveis para saciar a fome da humanidade no futuro. Além dela, a transição para uma dieta vegetariana também pode ser citada. O que já faz parte da vida cotidiana em partes da Ásia e África também deve se tornar normal nos países ocidentais a longo prazo. Até agora, a maioria das pessoas demonstra receio só de pensar em ingerir insetos. Em vez de comer um hambúrguer de minhoca ou uma salsicha feita de gafanhotos, muitos provavelmente iriam preferir deixar de consumir proteína animal.

Mas além de serem ingeridos, os insetos também podem contribuir de forma importante para a produção sustentável de peixe, carne e ovos e, ainda, na criação de animais. Por mais que seja algo que está bem distante da cultura de grande parte dos brasileiros, atualmente existem cerca de 2 bilhões de pessoas no mundo que incluem os insetos em suas dietas regulares. Muitas das espécies são ricas em nutrientes como proteína, gordura, fibra e vitaminas.

E, ao que tudo indica, essa realidade está se aproximando cada vez mais de nós. Algumas startups estão construindo novas fazendas nos Estados Unidos na Europa para criar insetos destinados à alimentação, em um negócio que vem atraindo investidores ambiciosos que acreditam no futuro da produção.

Vantagens da fazenda de insetos

A fazenda de insetos pode proporcionar diversos benefícios, como:

Insetos são excelentes fontes de proteína

Os insetos convertem seus alimentos em proteínas em um curto espaço de tempo. O teor de proteína dos insetos em relação à matéria seca é de 35% a 60%. No caso dos grilos, a proporção chega a ser de 77%. Os insetos são quase livres de carboidratos, têm teor extremamente baixo de gordura e colesterol e, ainda, são ricos em vitaminas, minerais e oligoelementos.

um grilo
Grilo. Imagem de Wolfgang Hasselmann no Unsplash

Menor necessidade de importar soja e farinha de peixe

A Europa produz apenas de 25% a 30% de suas proteínas vegetais, importando todo o restante. A fonte de proteína mais popular e barata para a criação de animais é, atualmente, a soja.

Depois da Segunda Guerra Mundial, o apetite por carne aumentou constantemente. Com isso, cresceu também a demanda por grãos de soja, que eram originalmente considerados um subproduto da produção de óleo de soja. Nos últimos 20 anos, a produção mundial de soja mais que dobrou. A maior parte da soja vem da América do Norte e do Sul, especialmente do Brasil, da Argentina e do Paraguai.

A Alemanha é o maior consumidor de soja da União Europeia. Cerca de 80% das importações de soja são utilizadas em toda a Europa para a alimentação de animais. No futuro, as proteínas dos insetos poderão substituir as proteínas nas rações para animais, especialmente na avicultura, suinocultura e piscicultura.

Menos poluição ambiental

O cultivo e o comércio globais de soja geram muitos impactos negativos sobre o meio ambiente. Há anos ambientalistas chamam a atenção para o desmatamento de florestas para o estabelecimentos de novas plantações de soja.

A agricultura intensiva causa a erosão do solo, e a biodiversidade diminui. O uso de fertilizantes e pesticidas polui a água. Além disso, há o transporte global de soja em todo o mundo, que gera significativamente mais emissões de gases do efeito estufa do que a comercialização de proteínas de insetos.

Insetos são leves

Os insetos têm um ciclo de crescimento muito mais curto que o dos mamíferos. Eles convertem seus alimentos mais rapidamente em carne e, assim, se desenvolvem de maneira mais acelerada. Além disso, os insetos também precisam de menos comida e água, podem ser criados em espaços menores, são fáceis de cuidar e produzem resíduos menos prejudiciais ao meio ambiente.

Produção utiliza a economia circular

A Holanda é pioneira nessa área e possui cerca de 25 empresas de criação de insetos. Segundo informações da empresa Protix, ela é a primeira fábrica do mundo em que insetos – especialmente as larvas da mosca soldado negra – são criados em grande escala e, ao mesmo tempo, processados como ração animal. A empresa também produz de acordo com o princípio da economia circular: os resíduos de alimentos de origem vegetal e matéria orgânica são reutilizados como ração para os insetos, que, por sua vez, são usados como matéria-prima rica em proteínas para a alimentação animal.

A maior fazenda de insetos do mundo está sendo construída na França

Enquanto alguns procuram maneiras de introduzi-los diretamente em nossa dieta, a empresa por trás da fazenda, Ÿnsect está se concentrando em maneiras de usar insetos para reduzir a pegada ambiental da agricultura. Os agricultores acreditam que os insetos são uma forma sustentável de substituir outras proteínas animais na cadeia de abastecimento, usando-as na alimentação de peixes e gado ou na alimentação de animais de estimação. Os resíduos produzidos por centenas de milhões de insetos podem então ser usados ​​para fertilizar plantações.

A empresa afirma que, cultivando larvas de farinha em suas fazendas verticais, eles podem usar 98% menos terra e reduzir significativamente os impactos de carbono e biodiversidade da produção de proteínas.


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